segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ABAIXO A CONTRARREFORMA DA PREVIDÊNCIA!



A cada dia as coisas ficam mais claras em nosso país. Nós, trabalhadores, estamos sob um intenso ataque por parte das classes dominantes e do imperialismo, que nesse momento, de crise estrutural de todo o sistema, busca aumentar ainda mais a sua exploração sobre todos nós.


O governo Temer, como lacaio do grande capital, representa os interesses mais reacionários contra os trabalhadores e pretende aprovar a Contrarreforma da Previdência o mais rápido possível. Porém, não conseguiu cumprir o calendário que havia planejado. Rodrigo Maia, pretendia colocar na pauta da Câmara no próximo dia 06/12, mas como o governo ainda não conseguiu a maioria de votos dos deputados e o Congresso está próximo do recesso parlamentar, resolveram adiar a votação da contrarreforma previdenciária para investir em outras ações de interesse das classes dominantes antes do recesso. Entre essas ações prioritárias estão a isenção fiscal de 3 Trilhões para as petrolíferas e a aprovação do orçamento do próximo ano, que muito interessa a vários sangue sugas.


Esse adiamento da votação da contrarreforma previdenciária não significa um recuo do governo Temer. Ao contrário, estão investindo muito para enganar a população. Eles estão gastando milhões de dinheiro público em propagandas que espalham mentiras entre a população, propagandas tão tacanhas que foram proibidas pelo próprio sistema judiciário, que não é nada neutro. Ele continua com a prática da compra de deputados e distribui os ministérios de maneira promíscua e escancarada. Tudo para conseguir o apoio necessário para a aprovação da Contrarreforma Previdenciária e satisfazer os “mercados”.


Mesmo com essa situação preocupante, a maioria das centrais sindicais, como CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB, cancelaram a greve nacional convocada para o próximo dia 05 de dezembro, próxima terça-feira, por meio de uma nota assinada conjuntamente entre elas. No dia 24 de novembro essas mesmas centrais haviam convocado a greve nacional e um dia depois de uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, recuaram com a fraca alegação de que tomaram tal decisão “após o cancelamento da votação no dia 06”. O governo não recuou nenhum milímetro em seus intentos, mas as centrais recuaram e ajudaram na desarticulação do movimento do dia 05.


Para justificar a sua traição, a maior parte das centrais mantiveram os atos marcados no dia 05 de dezembro, mas não colocaram força nenhuma em mobilizar a classe trabalhadora e jogaram água fria para desmobilizar o movimento. Mesmo com essa sabotagem descarada realizada pela maioria das centrais sindicais, o momento é de luta e não de conformismo.

A próxima terça-feira precisa ser um dia de luta da classe trabalhadora. É necessário que todos nós saiamos às ruas para denunciar toda a situação política e econômica do país. É urgente iniciarmos uma jornada de lutas para unir os trabalhadores no combate às contrarreformas do imperialismo. Temos que construir um movimento para além daqueles que tentam amarrar a radicalização da luta dos trabalhadores e querem nos colocar em uma camisa de força. Precisamos construir uma greve geral, não apenas de um dia, mas uma greve de vários dias, para que os trabalhadores mobilizados possam atrair mais categorias profissionais e aumentar ainda mais a resistência popular. Não podemos perder tempo, temos muito trabalho a fazer se quisermos barrar a contrarreforma da previdência e revogar a contrarreforma trabalhista.


O SIMSED vai estar presente na manifestação que ocorrerá na Praça do Bandeirante no dia 05/12, às 9 horas, mesmo com a traição das centrais. Nesse ato estarão presentes trabalhadores de várias categorias. É  importante a presença  dos trabalhadores da educação, para articular com as demais categorias a construção de uma greve geral de verdade!


ABAIXO A CONTRARREFORMA DA PREVIDÊNCIA!
ABAIXO A TRAIÇÃO DAS  CENTRAIS SINDICAIS A GREVE NACIONAL!