segunda-feira, 19 de setembro de 2016

POSIÇÃO DO SIMSED SOBRE A PARALISAÇÃO NACIONAL DO DIA 22 CHAMADA PELA CUT/CNTE




POSIÇÃO DO SIMSED SOBRE A PARALISAÇÃO NACIONAL DO DIA 22 CHAMADA PELA CUT/CNTE

O SIMSED informa que não vai aderir à paralisação nacional do dia 22 de setembro, convocada pela CUT e pela CNTE, pelo claro propósito oportunista da mesma. 

Os trabalhadores brasileiros estão diante de uma grave ameaça aos seus direitos. Os grandes capitalistas e o sistema imperialista exigem ajustes econômicos em nosso país. Isso implica na liquidação de direitos conquistados através de duras lutas, com greves e sangue. A aposentadoria e o Piso Nacional estão no rol dos direitos ameaçados por essa política fiscal, agora adotada por Temer e que estava para ser aprovada com o governo Dilma/PT. Também existe a previsão de redução dos recursos para a saúde e a educação. Para piorar, a previsão agora é privatizar tudo que ainda resta de público, deixado pelos governos anteriores. O ajuste fiscal visa destinar o suado dinheiro do povo brasileiro para o pagamento de uma dívida fraudulenta com a oligarquia brasileira. Hoje, destina-se 48% do orçamento público brasileiro ao pagamento da dívida pública. 

Essa política contra o povo não iniciou agora com o governo Temer. Esse padrão de submissão das contas públicas brasileiras às oligarquias financeiras também foi uma máxima dos governos petistas e psdebistas. No início do seu segundo mandato, Dilma chamou Joaquim Levi, homem dos bancos, para coordenar o ajuste fiscal. O governo imergiu em uma grave crise política que levou a uma paralisia, impossibilitando a aprovação da pauta que o governo Temer tenta aprovar agora. Tanto Lula como Dilma vetaram a auditoria da dívida pública brasileira. O grande capital e o imperialismo rifaram o governo Dilma e apostaram em um governo Temer como capaz de executar toda a agenda de contrarreformas do imperialismo. 

Os trabalhadores precisam organizar uma forte resistência a essa ofensiva. É necessário que ocorram greves, manifestações, lutas das mais variadas formas. Somente com o levantamento das massas populares que as contrarreformas podem ser freadas. A luta verdadeira para impedir as contrarreformas precisa ser construída. Precisamos articular os setores de luta e construir uma verdadeira greve geral, com condições de resistir a ofensiva do imperialismo. Os trabalhadores não podem continuar reféns das viúvas do antigo governo, pregando que a solução seja a volta do Partido dos Trabalhadores para o governo. Não basta um fora Temer, pois todos eles seguem a mesma cartilha das oligarquias financeiras. Precisamos organizar uma luta real, politizar a classe trabalhadora para o enfrentamento contra todas essas graves ameaças. Nesse sentido, temos que aumentar a nossa organização e mobilização no município de Goiânia, para que possamos participar de maneira original e criativa nessa luta nacional. 

A CUT e a CNTE mais uma vez, atuando como um braço do Partido dos Trabalhadores, usam as massas da educação para defender um projeto falido e corrupto. Usam as justas bandeiras da classe trabalhadora para defender um partido que até ontem estava junto com os algozes do povo. Esse é o caso do estado de Goiás com o SINTREGO, que é uma estrutura sindical burocratizada e atrasada, representando o mais velho peleguismo, que não pretende organizar e politizar para a luta, apenas defender o seu partido em detrimento dos interesses dos trabalhadores. Temos que construir uma verdadeira greve nacional, independente e combativa, a exemplo dos trabalhadores da França, Grécia, entre outros países que enfrentaram e ainda enfrentam esses mesmos ajustes de forma digna, com batalha. O que não dá é para construirmos um arremedo de greve nacional para defender um Partido que traiu a classe trabalhadora. 

Em breve faremos uma assembleia para organizarmos e impulsionarmos a defesa da educação infantil que corre sério risco de se precarizar ainda mais com a aprovação da Minuta que está sendo discutida pelo CME, entre outros problemas que acometem os servidores do município.