quinta-feira, 29 de setembro de 2016

NOTA DO SIMSED EM APOIO AO PROFESSOR THIAGO OLIVEIRA MARTINS! ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DOS QUE LUTAM!

NOTA DO SIMSED EM APOIO AO PROFESSOR THIAGO OLIVEIRA MARTINS! ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DOS QUE LUTAM! 
 
O SIMSED repudia a ação de intimidação perpetrada pela Polícia Militar contra o professor Thiago Oliveira Martins, presta solidariedade ao mesmo e exige punição ao P2 Jacinto. 
 
O professor Thiago Oliveira Martins é um lutador das causas populares e da educação. Participa das lutas contra as Organizações Sociais e por esse posicionamento político está sendo intimidado pelo Estado. O governador Marconi Perillo vem mais uma vez empurrar goela abaixo as privatização das escolas. Ele havia marcado a qualificação das Organizações Sociais para o dia 19 na Secretaria de Educação, na Avenida Anhanguera. Os estudantes convocaram uma manifestação para esse dia. 
 
Sem tardar, o governo transferiu a atividade para o dia 21 e em um local ermo e de difícil acesso, o Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde o prédio foi reforçado com a tropa de choque para impedir qualquer manifestação com balas de borracha, bombas e cassetetes. Mesmo com toda essa situação de repressão, os secundaristas de algumas escolas estaduais de Aparecida de Goiânia fizeram uma manifestação espontânea na Avenida Rio Verde. O movimento estudantil demonstrou o seu papel como uma força autônoma. Com consciência foram para as ruas, independente da adesão e movimentação dos professores, a resistência aconteceu movida pelos secundaristas, que fizeram do dia 21 um dia de luta. 
 
Não conformados com a quebra do consenso, mesmo com todo o aparelho de repressão agindo a pleno vapor, pois não puderam prever essa movimentação espontânea dos estudantes, o Estado passou para a via da intimidação aberta daqueles que eles consideram como uma ameaça. Foi assim, que o Policial Jacinto, do serviço de inteligência da Polícia Militar (P2), adentrou na Escola José Alves de Assis e passou a intimidar e ameaçar abertamente o professor Thiago Oliveira Martins. A cara de pau foi tão grande e o sentimento de impunidade e de respaldo dos superiores, levou o P2 Jacinto ameaçar o professor na frente de todos os seus outros colegas de trabalho. Essa ação ilegal exige uma dura punição ao policial, pois ameaça e intimidação são crimes. Essas ações não fazem parte das atribuições legais da função de um policial e se nenhuma medida for tomada para punir as atividades ilegais praticadas por policiais, tornará evidente mais esse crime do Estado, a sua conivência com o crime, que se dá de maneira organizada e balizada pela farda. 
 
Exigimos esclarecimentos do governo de Goiás sobre esse caso absurdo. Encaminharemos essa nota para a Corregedoria da Polícia Militar, para o Ministério Público, para a Assembleia Legislativa, com o objetivo de saber o posicionamento desses órgãos diante dessa ação intimidatória. 
 
Prestamos a nossa solidariedade ao professor Thiago Oliveira Martins e afirmamos que qualquer coisa que acontecer com ele a responsabilidade direta recai sobre as mãos do governador Marconi Perillo. 
 
 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

RESULTADO FINAL DO CONCURSO DA EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA PARA TODOS OS CARGOS

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O RESULTADO FINAL DO CONCURSO DA EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA PARA TODOS OS CARGOS.

Depois de muita cobrança e pressão da categoria para que o concurso para educação ocorresse, finalmente saiu o resultado final do processo seletivo de 2016. Mais uma vitória da categoria, já que o último foi em 2010. 

Lembrando que a prefeitura prometeu em acordo de greve que o edital do concurso sairia ano passado (2015), mas enrolaram justamente para não ter que convocar este ano (2016). Agora temos que pressionar para convocar imediatamente.

O SIMSED parabeniza todos que participaram deste concurso e reafirma o compromisso de luta junto a categoria e convida todos os concursados a assumirem a luta!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

LISTA DE TITULARIDADES

O SIMSED informa que saiu mais uma lista de Titularidades! Esse é mais um resultado positivo da nossa última greve, foi um dos pontos negociados. Não se trata de benefício concedido pela bondade do prefeito, mas a conquista por meio de muita luta da categoria, que resistiu bravamente até o fim da greve. Foi a luta que permitiu a universalização do difícil acesso para os professores, a gratificação de 30% das auxiliares, a redução do tempo de progressão horizontal de 3 para dois anos dos administrativos, o recesso dos administrativos, o concurso público, entre outras conquistas. 

Essa lista é mais uma conquista da luta dos trabalhadores e do SIMSED. Caso seu nome ainda não conste na ordem dos processos, procure os advogados do SIMSED. 
EU ASSUMO A LUTA!






CLIQUE AQUI para visualizar a lista de titularidades no diário oficial.

RESULTADOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A MINUTA DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

RESULTADOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A MINUTA DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
A audiência pública realizada no dia 26/09/16 no Teatro Madre Esperança Garrido foi um momento de luta em defesa da Educação Infantil. Os trabalhadores da educação compareceram em massa, nesta que foi uma segunda audiência pública convocada pelo CME.
Mesmo com todas as tentativas de boicote os presentes disseram "não" a minuta de organização da Educação Infantil proposta pelo Conselho. Na audiência foram distribuídos cerca de mil panfletos, abertas faixas, cartazes, etc. Os trabalhadores gritavam palavras de ordem e marcaram posição se mostrando presentes e combativos. 
A audiência contou com pais e mães que deram o seu relato sobre a importância de uma educação de qualidade. Foi emocionante ver uma mãe falar que vai lutar e mobilizar toda a comunidade contra a minuta do CME. 
O Conselho Municipal de Educação mais uma vez agiu por manobras. Dividiram a audiência em discussões sobre os capítulos da minuta para tentar impedir a discussão da totalidade do documento. A proposta de trabalho realizada não contemplou o diálogo e debate sobre os pontos críticos da minuta, mas apenas focou a exposição das ideias sem posicionamento concreto do Conselho em relação as mudanças. Mesmo diante disso os trabalhadores conseguiram desmascarar o que há por trás da minuta e questionar seus vários pontos críticos.
As escolas particulares também tiveram representantes presentes, já que também se sentem lesados pela minuta proposta. 
O SIMSED deixou claro sua posição em relação a três pontos levantados pela minuta: 
1. Não aceitamos a superlotação dos agrupamentos. 
2. Não aceitamos a retirada das auxiliares de atividades educativas.
3. Defendemos a Educação Infantil como terreno do pedagogo.
O SIMSED apresentou a seguinte proposta: realização de uma terceira audiência pública para que o CME apresente os resultados de uma consulta pública e que esta minuta não seja aprovada. O CME manobrou e não definiu a data da nova audiência afirmando que só vai se posicionar sobre isto depois da reunião do Conselho.
Foi fundamental a presença de todos os trabalhadores que não recuaram e demonstraram sua disposição para a luta contra a precarização da Educação Infantil. 
O SIMSED convoca todos os trabalhadores a comparecerem e participarem das próximas ações em defesa da educação infantil cobrando uma nova audiência e um debate público. 
Converse e alerte sua comunidade acerca do debate que vem ocorrendo sobre a Minuta. É importante que os pais e responsáveis tenham conhecimento e se mobilizem também para a defesa da educação infantil. 
OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER!

 
 
 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

NOTA DE REPÚDIO À DESOCUPAÇÃO VIOLENTA. ACOMPANHE TAMBÉM VÍDEO DO DESNEURALIZADOR

NOTA DE REPÚDIO À VIOLENTA DESOCUPAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

O SIMSED (Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia) vem a público repudiar veementemente a ação descabida do Governo de Goiás ocorrida no dia 17 de setembro do corrente, no caso da violenta desocupação do prédio onde funcionava o Colégio Estadual José Carlos de Almeida e onde hoje funciona a sede do Conselho Estadual de Educação. O prédio citado foi ocupado por estudantes e professores como parte da nossa luta por melhorias na educação pública e, especificamente, contra o processo de privatização da educação estadual que vem sendo levado a cabo pelo governo. A manifestação tinha o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a manobra governista de repassar a gestão de escolas públicas estaduais para as chamadas organizações sociais (OS’s) e também de reivindicar a reabertura do colégio (chamado carinhosamente por eles de JCA).

Nos causou enorme revolta a brutalidade e a arbitrariedade da ação policial. Os manifestantes foram sitiados, os apoiadores não puderam entrar em contato com seus companheiros. Não houve diálogo e negociação. Uma ação que cheira a ilegalidade.

Revoltante também foi a celeridade da ação da polícia militar goiana nesse caso. Não temos notícia de tanta rapidez quanto se trata da defesa do trabalhador contra a criminalidade que o assola cotidianamente. O enorme aparato mais parecia uma operação de guerra. Mas era contra pessoas desarmadas e dispostas ao diálogo. Muitos menores de idade. Estudantes em processo de aprendizagem sobre sua atuação numa sociedade que se diz democrática. Mas o que se viu foi uma aula de autoritarismo, de desrespeito e arbitrariedade. Uma total desproporção no uso da força.

Outro aspecto da ação governamental que nos causou estranheza foi a atribuição do termo esbulho ao caso. Uma palavra desenterrada de manuais jurídicos numa clara intenção de simplesmente criminalizar pessoas que participavam de uma manifestação legítima e democrática. Sintoma da situação gravíssima por que passa a política em Goiás, onde os movimentos sociais são tratados como criminosos e as manifestações contrárias ao governo são tratadas como crimes. Onde a vontade popular caminha numa direção e o governo caminha na direção contrária. Temos a nítida impressão de que os interesses que determinam as políticas públicas desse governo são as mais espúrias.

Todo nosso apoio à luta dos secundaristas goianos contra as OS’s e contra a militarização das escolas públicas. Todo nosso apoio à reabertura do Colégio Estadual José Carlos de Almeida. Não à privatização.
VAQUINHA COLETIVA PARA O FILME DOS SECUNDAS!!!!(crowdfunding)
O Desneuralizador está produzido um filme para contar a história do movimento contra a terceirização das escolas públicas em Goiás. O filme "Não tem arrego" pretende retratar a resistência a implantação das OSs desde as manifestações de rua às ocupações das escolas. 
O Desneuralizador é uma mídia completamente independente e necessita da contribuição de todos para a produção deste filme. FAÇA UMA DOAÇÃO PARA O FINANCIAMENTO COLETIVO DESTE PROJETO no link.
Galera, precisamos levantar a grana até o final de outubro. AJUDE AGORA!!



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

INFORMES SOBRE MINUTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL E AUDIÊNCIA PÚBLICA DIA 26/09

O Conselho Municipal de Educação (CME) apresentou recentemente uma minuta para a organização da Educação Infantil. Existem pelos menos três aspectos que se aprovados vão comprometer a qualidade da Ed. Infantil:
- Aumento da quantidade de crianças por agrupamento.
- Retirada as auxiliares da Educação Infantil:
- Não exclusividade do pedagogo na Educação Infantil:
Acompanhe mais no informativo abaixo:

 

IMPORTANTE:

Convidamos os trabalhadores da Educação para a Audiência Pública sobre a Minuta da Educação Infantil, no qual levaremos a proposta formulada pelo Simsed junto com a categoria.
Local: Teatro Madre Esperança Garrido (Em frente ao parque Mutirama)
Data: 26/09/2016 (SEGUNDA-FEIRA)
Horário: 14h às 18h.
A Educação Infantil corre risco de maior precarização! Participe e traga sua comunidade.



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

POSIÇÃO DO SIMSED SOBRE A PARALISAÇÃO NACIONAL DO DIA 22 CHAMADA PELA CUT/CNTE




POSIÇÃO DO SIMSED SOBRE A PARALISAÇÃO NACIONAL DO DIA 22 CHAMADA PELA CUT/CNTE

O SIMSED informa que não vai aderir à paralisação nacional do dia 22 de setembro, convocada pela CUT e pela CNTE, pelo claro propósito oportunista da mesma. 

Os trabalhadores brasileiros estão diante de uma grave ameaça aos seus direitos. Os grandes capitalistas e o sistema imperialista exigem ajustes econômicos em nosso país. Isso implica na liquidação de direitos conquistados através de duras lutas, com greves e sangue. A aposentadoria e o Piso Nacional estão no rol dos direitos ameaçados por essa política fiscal, agora adotada por Temer e que estava para ser aprovada com o governo Dilma/PT. Também existe a previsão de redução dos recursos para a saúde e a educação. Para piorar, a previsão agora é privatizar tudo que ainda resta de público, deixado pelos governos anteriores. O ajuste fiscal visa destinar o suado dinheiro do povo brasileiro para o pagamento de uma dívida fraudulenta com a oligarquia brasileira. Hoje, destina-se 48% do orçamento público brasileiro ao pagamento da dívida pública. 

Essa política contra o povo não iniciou agora com o governo Temer. Esse padrão de submissão das contas públicas brasileiras às oligarquias financeiras também foi uma máxima dos governos petistas e psdebistas. No início do seu segundo mandato, Dilma chamou Joaquim Levi, homem dos bancos, para coordenar o ajuste fiscal. O governo imergiu em uma grave crise política que levou a uma paralisia, impossibilitando a aprovação da pauta que o governo Temer tenta aprovar agora. Tanto Lula como Dilma vetaram a auditoria da dívida pública brasileira. O grande capital e o imperialismo rifaram o governo Dilma e apostaram em um governo Temer como capaz de executar toda a agenda de contrarreformas do imperialismo. 

Os trabalhadores precisam organizar uma forte resistência a essa ofensiva. É necessário que ocorram greves, manifestações, lutas das mais variadas formas. Somente com o levantamento das massas populares que as contrarreformas podem ser freadas. A luta verdadeira para impedir as contrarreformas precisa ser construída. Precisamos articular os setores de luta e construir uma verdadeira greve geral, com condições de resistir a ofensiva do imperialismo. Os trabalhadores não podem continuar reféns das viúvas do antigo governo, pregando que a solução seja a volta do Partido dos Trabalhadores para o governo. Não basta um fora Temer, pois todos eles seguem a mesma cartilha das oligarquias financeiras. Precisamos organizar uma luta real, politizar a classe trabalhadora para o enfrentamento contra todas essas graves ameaças. Nesse sentido, temos que aumentar a nossa organização e mobilização no município de Goiânia, para que possamos participar de maneira original e criativa nessa luta nacional. 

A CUT e a CNTE mais uma vez, atuando como um braço do Partido dos Trabalhadores, usam as massas da educação para defender um projeto falido e corrupto. Usam as justas bandeiras da classe trabalhadora para defender um partido que até ontem estava junto com os algozes do povo. Esse é o caso do estado de Goiás com o SINTREGO, que é uma estrutura sindical burocratizada e atrasada, representando o mais velho peleguismo, que não pretende organizar e politizar para a luta, apenas defender o seu partido em detrimento dos interesses dos trabalhadores. Temos que construir uma verdadeira greve nacional, independente e combativa, a exemplo dos trabalhadores da França, Grécia, entre outros países que enfrentaram e ainda enfrentam esses mesmos ajustes de forma digna, com batalha. O que não dá é para construirmos um arremedo de greve nacional para defender um Partido que traiu a classe trabalhadora. 

Em breve faremos uma assembleia para organizarmos e impulsionarmos a defesa da educação infantil que corre sério risco de se precarizar ainda mais com a aprovação da Minuta que está sendo discutida pelo CME, entre outros problemas que acometem os servidores do município.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

SAIU O RESULTADO PRELIMINAR DO CONCURSO DA PREFEITURA PARA PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO II

Saiu o Resultado preliminar do concurso da Prefeitura de Goiânia para o cargo de Profissional de Educação II. Para acessar CLIQUE AQUI.

 

 

 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

CONVITE PARA REUNIÃO DE CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE MINUTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Convite para reunião de construção de uma proposta de minuta da Educação Infantil:
Data: 10/09/2016
Local: Faculdade de Educação da UFG
Horário: 9:00
Sugestão para estudo: Minuta do Conselho Municipal de Educação.
 
Clique aqui para acessar o documento da minuta do CME em Word.

Segue abaixo o texto da minuta para do CME para estudo:

RESOLUÇÃO CME Nº 000, DE DE DE 2016.

Estabelece Princípios e Normas para a Organização e a Autorização de Funcionamento das instituições de Educação Infantil, no âmbito do Sistema Municipal de Educação de Goiânia e dá outras providências.


O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento na Constituição Federal de 1988, na Lei Federal nº 8.069/90, no Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de dezembro de 1996, na Lei Orgânica do Município de Goiânia, na Lei Municipal nº 7.771, de 29 de dezembro de 1997, na Emenda Constitucional nº 59, de 11 novembro 2009, na Resolução CNE/CEB nº 05, de 17 de dezembro de 2009, na Resolução CNE/CEB nº 04, de 13 julho de 2010, e na Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013,


Considerando que o Sistema Municipal de Educação de Goiânia é composto pelos órgãos municipais de educação; pelas instituições de Educação Infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada e pelas instituições de Educação Infantil e de Ensino Fundamental criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo poder público municipal,

Considerando que compete ao Conselho Municipal de Educação, no âmbito de seu Sistema de Ensino, estabelecer normas e condições para a organização, Autorização de Funcionamento e inspeção de estabelecimentos de ensino de Educação Básica, infantil e especial; zelar pelo aprimoramento da qualidade da educação e incentivá-la; e articular-se com órgãos e entidades federais, estaduais e municipais para acompanhar e fiscalizar a implementação da política educacional do Município, integrando-a às políticas e planos educacionais da União e dos Estados,



Resolve,

CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO INFANTIL

SEÇÃO I
DA CONCEPÇÃO E DA FINALIDADE

Art. 1º A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, constitui-se em direito da criança de até 5 (cinco) anos de idade e de seus pais ou responsáveis, a quem o Estado tem o dever de atender, complementando a ação da família e da comunidade; sendo:

creche: crianças de até 3 (três) anos de idade;

pré-escola: crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.

Parágrafo único. O atendimento às exigências de oferta da Educação Infantil pública, gratuita, laica e de qualidade, sem requisito de seleção, pelo Estado, deve considerar o regime de colaboração entre a União, os Estados e os Municípios.

Art. 2º A Educação Infantil, parte do princípio de que a criança é sujeito histórico e de direitos, e que, nas interações, relações, vivências e práticas cotidianas, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, apropriando e produzindo cultura.

Art. 3º A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 5 (cinco) anos de idade, constituindo-se num processo educativo no qual o educar e o cuidar são indissociáveis.

Art. 4º A oferta da Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da Educação e compreende o atendimento às crianças de até 5 (cinco) anos de idade com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, devendo esse atendimento ser previsto na Proposta Político-Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME) e nas Propostas Político-Pedagógicas das instituições públicas e privadas, fundamentada e referenciada na legislação vigente, garantidas todas as condições de acessibilidade, recursos humanos conforme o especificado no artigo 40, e recursos pedagógicos para esse atendimento.

Parágrafo único. As instituições públicas devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nos agrupamentos ou turmas da Educação Infantil e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em Centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.

Art. 5º O Sistema Municipal de Ensino deve assegurar às crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação:

I. matrícula, na rede regular, em instituições de Educação Infantil públicas e privadas, e condições que proporcionem sua permanência com êxito em seu processo formativo;

II. flexibilização do currículo e uso de métodos, técnicas, tecnologias e recursos educativos e demais meios específicos, para atender às necessidades delas;

III. professores com formação adequada para o atendimento das atividades pedagógicas, nas instituições de Educação Infantil e profissionais capacitados para auxílio nessas atividades;

IV. acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares, disponíveis para esta etapa da Educação Básica.

V. às crianças surdas de até 5 anos de idade deve-se garantir:

a) estimulação, a partir da detecção da surdez;

b) educação bilíngue, conforme previsto na Lei Municipal 9.681/15, em instituições de Educação Infantil, de forma a favorecer-lhes a ampliação do conhecimento de mundo e a formação da identidade, por meio do desenvolvimento linguístico, cognitivo, emocional, psíquico, social e cultural, a partir da aquisição da Língua Brasileira de Sinais, considerando-se a relevância da atuação de profissionais surdos nesse processo;

Art. 6º São assegurados a matrícula, o atendimento e o cuidado, em suas especificidades, às crianças com necessidades alimentares especiais, nas instituições de Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino de Goiânia.

§1º As famílias das crianças de que trata o caput devem comunicar à instituição educacional a(s) necessidade(s) alimentar(es) específica(s) das crianças e apresentar orientações respaldadas por médico(a) e/ou nutricionista, sobre os cuidados necessários que estas requerem.

§2º É condição indispensável para que se efetivem o atendimento, o cuidado e a inclusão dessas crianças o diálogo permanente entre a instituição educacional e as famílias das crianças com necessidades alimentares especiais.

Art. 7º Na modalidade de Educação do Campo, devem-se prever as adequações necessárias a essa oferta, respeitando-se a identidade e a realidade dos sujeitos residentes na área rural e considerando-se as diversidades sociais, econômicas e culturais envolvidas, para a definição das orientações da ação pedagógica, com base no princípio da sustentabilidade.

Art. 8º As crianças em situação de itinerância deverão ter garantido o direito à matrícula em instituição de educação pública, gratuita, com qualidade social e que garanta a liberdade de consciência e de crença, nos termos da Resolução CNE/CEB nº 3 de maio de 2012.

Parágrafo único. São consideradas crianças em situação de itinerância aquelas pertencentes a grupos sociais que vivem em tal situação por motivos culturais, políticos, econômicos, de saúde, tais como ciganos, indígenas, povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou trabalhadores de parques de diversão, de teatro mambembe, estrangeiros, refugiados, crianças em tratamento de saúde fora de sua cidade de origem, entre outros.

Art. 9º O atendimento de Educação Infantil, nas instituições públicas e privadas, deve buscar articulação com projetos intersetoriais de apoio e cuidado às crianças, abrangendo os campos da saúde, da cultura, do lazer e da assistência social, por meio de projetos específicos e ou de parcerias.

Art. 10. Toda instituição de Educação Infantil em funcionamento, pública e privada, está sujeita às normativas, ao acompanhamento, à fiscalização e à avaliação do Conselho Municipal de Educação.

Art. 11. O Conselho Municipal de Educação firmará parcerias com órgãos municipais e estaduais de fiscalização, de modo a coibir a oferta irregular de Educação Infantil.


SEÇÃO II

DOS OBJETIVOS

Art. 12. A Educação Infantil tem por objetivos:

I. proporcionar as condições adequadas ao bem estar da criança, sua educação, proteção e cuidado, observando o seu desenvolvimento nos aspectos físico, motor, social, cognitivo, afetivo, linguístico, ético e estético;

II. promover situações de aprendizagens significativas e intencionais que possibilitem a apropriação, a renovação e a articulação de conhecimentos e a ampliação das formas de expressão cultural e artística pela criança;

III. possibilitar à criança situações que a leve a estabelecer e ampliar suas relações sociais, articulando seus interesses e pontos de vista com os dos demais, de modo que seja respeitada a diversidade socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa;

IV. possibilitar à criança o reconhecimento das contribuições histórico-culturais afro-brasileiras e indígenas, asiáticas, europeias e de outros países da América, para a constituição de sua identidade;

V. estimular a criança a observar, explorar, interagir e a se perceber no ambiente em que vive, com atitude curiosa e consequente, para que possa ampliar suas experiências e seus conhecimentos sobre si e o mundo;

VI. possibilitar às crianças experiências narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, por meio do contato com diferentes suportes e gêneros textuais, articulados às múltiplas linguagens;

VII. recriar, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações relativas ao espaço e ao tempo;

VIII. incentivar a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e ao espaço;

IX. garantir a todas as crianças, inclusive àquelas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, o acesso às diversas tecnologias de informação e comunicação (TIC), por meio do planejamento de situações de aprendizagens significativas que demandem o uso dessas tecnologias;

X. articular a transição entre a pré-escola e os anos iniciais do Ensino Fundamental, com base no respeito à continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, seus interesses e necessidades, priorizando a dimensão lúdica no trabalho pedagógico, na perspectiva de garantir o direito de acesso aos diferentes conhecimentos, sem antecipar os conteúdos previstos para o Ensino Fundamental;

XI. garantir condições para o trabalho e a organização de espaços e tempos que assegurem à criança proteção contra qualquer forma de negligência no interior da instituição educativa, conforme o disposto na Lei nº 8.069/90, acrescida pela Lei nº 13.010, de 26 de julho de 2014, e pela Lei Ordinária nº 9.132/12 de Goiânia GO.

Parágrafo único. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, tratamento cruel ou degradante e de maus tratos contra a criança serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.

SEÇÃO III

DA OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 13. A Educação Infantil será oferecida em espaços institucionais coletivos, não domésticos, cuja finalidade é educar e cuidar de crianças de até 5 (cinco) anos de idade, no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados pelo Conselho Municipal de Educação e submetidos a controle social.

Parágrafo único. As instituições de Educação Infantil deverão apresentar Proposta Político- Pedagógica e Regimento que contemplem a organização do processo educativo, assegurando a unidade, a continuidade e a especificidade da aprendizagem e do desenvolvimento infantil nas diferentes faixas etárias.

Art. 14. As instituições classificam-se nas seguintes categorias administrativas:


públicas: as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público;

II. privadas: as mantidas e administradas por pessoa física ou jurídica, de direito privado, enquadradas nas categorias de particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas (nos termos do art. 20 da Lei nº 9.394/96).

Art. 15. A oferta da Educação Infantil é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I . cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;

II. autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;

III. capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no artigo 213 da Constituição Federal.

Art. 16. O regime de funcionamento das instituições de Educação Infantil deve atender aos direitos da criança e às necessidades da comunidade e far-se-á no período diurno, em jornada integral (mínimo de 7 horas diárias de atendimento) ou parcial (mínimo de 4 horas diárias de atendimento), compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.

Art. 17. A Educação Infantil terá carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional.

Art. 18. A frequência mínima exigida para a Educação Infantil, pré-escola, é de 60 % (sessenta por cento) do total de horas.

§1º A infrequência na Educação Infantil não pode, em nenhuma hipótese, implicar na retenção da criança ou constituir-se como pré-requisito para matrícula no Ensino Fundamental.

§2º A infrequência não pode resultar em punição da criança, nem mesmo implicar na perda do direito à vaga.

Art. 19. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula, na Educação Infantil, das crianças que completam 4 (quatro) anos de idade até 31 de março do ano que estiver em curso.

Parágrafo único. As crianças que completarem 6 (seis) anos de idade, após o dia 31 de março do ano em curso, devem ser matriculadas na Educação Infantil.

Art. 20. As vagas em creches e pré-escolas, em instituições públicas, devem ser oferecidas em locais próximos às residências das famílias contempladas ou aos locais de trabalho dos pais ou responsáveis, com observância à demanda manifesta.

CAPÍTULO II

DA PROPOSTA POLÍTICO-PEDAGÓGICA E DO REGIMENTO DAS INSTITUIÇÕES


Art. 21. A Proposta Político-Pedagógica da instituição, conforme determinam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, deve fundamentar-se nos seguintes princípios:

I. éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades;

II. políticos: dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

III. estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de criações e de manifestações artísticas e culturais.

Art. 22. Na elaboração da Proposta Político-Pedagógica, a instituição de Educação Infantil deverá respeitar as normas gerais da educação nacional e do Sistema Municipal de Educação.

Art. 23. A Proposta Político-Pedagógica das instituições de Educação Infantil deve fundamentar-se na indissociabilidade do educar e do cuidar, e o currículo nela contida deve ter como eixos as interações e a brincadeira.

Parágrafo único. A criança, compreendida como sujeito de direitos, sensível e ativa no seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, deve ser o centro do planejamento curricular.

Art. 24. A Proposta Político-Pedagógica, na Educação Infantil, deve assegurar o efetivo cumprimento das funções sociopolítica e pedagógica da instituição, destacando-se as seguintes:

I. compartilhar com as famílias e complementar a educação e o cuidado das crianças, assegurando condições e recursos para que estas usufruam de seus direitos civis, humanos e sociais;

II. Assegurar a igualdade de oportunidades educacionais para as crianças de diferentes classes sociais, considerando aspectos relacionados aos gêneros, às etnias, às nacionalidades, às especificidades dos grupos itinerantes, indígenas, quilombolas e do campo, e às condições necessárias a pessoas com deficiência física, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, no processo de promoção e ampliação do conhecimento e de acesso a bens culturais;

III. possibilitar a convivência das crianças entre si e entre adultos e crianças, no processo de aprendizagem, desenvolvimento e vivência da infância;

IV. construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade fundamentadas em processos democráticos, na ludicidade, na sustentabilidade do planeta e comprometidas com o rompimento de relações de desigualdade e dominação;

V. assegurar o direito da criança ao desenvolvimento de sua identidade e de sua autonomia, respeitando a diversidade étnico-racial, cultural, religiosa e de gênero, em contraposição a toda forma de racismo e discriminação;

VI. adotar procedimentos que assegurem a inclusão de crianças que tenham alergia e/ou intolerância alimentar e outras patologias, com especial atenção à higiene pessoal, aos materiais e aos espaços utilizados no cotidiano da instituição educacional;

VII. as instituições públicas deverão prever as fontes dos recursos financeiros e a forma de prestação de contas junto à comunidade.

Art. 25. Compete às instituições de Educação Infantil elaborar, executar e avaliar sua Proposta Político-Pedagógica, explicitando:

I. a concepção de educação, de criança e infância, de aprendizagem e desenvolvimento infantil;

II. a concepção acerca das relações entre o educar e o cuidar e sua articulação no desenvolvimento da ação pedagógica;

III. as características da população a ser atendida, dos profissionais e da comunidade local;

IV. o regime de funcionamento;

V. a descrição, a organização e a utilização do espaço físico, das instalações, dos equipamentos e do mobiliário;

VI. a oferta de brinquedos, parques infantis e equipamentos que respeitem as características ambientais e socioculturais da comunidade e atendam as especificidades das crianças com deficiência, de acordo com as normas de segurança;

VII. a proposta de desenvolvimento de ações, estudos e/ou projetos voltados à educação das relações étnico-raciais, conforme o previsto nas Leis nº 10.639, de janeiro 2003, e nº 11.645, de março 2008;

VIII. a relação de todos os profissionais da educação responsáveis pelo atendimento às crianças, inclusive àquelas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, especificando cargos, funções, habilitação e níveis de escolaridade;

IX. a organização de agrupamentos e turmas, com base nas relações espaço/criança e criança/professor(a) estabelecidas nesta Resolução;

X. os objetivos da Educação Infantil, articulados aos modos próprios de aprendizagem da criança e ao seu desenvolvimento integral;

XI. pressupostos teórico-metodológicos que fundamentem a prática pedagógica e respeitem o tempo de aprender da criança;

XII. o processo de articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental;

XIII. currículo que contemple a brincadeira e a interação das crianças com a música, as artes visuais, a linguagem oral e a escrita, a dança, o teatro, a literatura, os recursos tecnológicos e midiáticos e atividades corporais;

XIV. ações que favoreçam a interação entre crianças de diferentes faixas etárias;

XV. a avaliação do processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, da ação pedagógica institucional e do trabalho coletivo;

XVI. o planejamento geral, os projetos e programas previstos para o ano letivo;

XVII. a proposta de formação continuada, de modo a estabelecer um processo de aprimoramento constante dos profissionais atuantes na instituição;

XVIII. a proposta de formação continuada para toda a equipe pedagógica e administrativa, que abarque estudos sobre as especificidades das crianças, considerando as diferenças de classes sociais, de gênero, de etnias, de nacionalidades, inclusive as relacionadas aos grupos itinerantes, indígenas, quilombolas, do campo e as que dizem respeito às pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação e as com restrições alimentares;

XIX. as atividades de formação continuada em Libras, estudos surdos, culturais e práticas voltadas para a pedagogia visual, de modo a envolver a equipe docente, a equipe gestora, a equipe de apoio da unidade educacional e toda a comunidade escolar, conforme previsto na Lei Municipal 9.681/15;

XX. os mecanismos empregados para a efetivação da gestão democrática, no que refere ao fazer pedagógico, incluindo a descrição das ações voltadas à participação da comunidade educacional;

XXI. as ações propostas para se promover a articulação da instituição com as famílias;

XXII. o calendário letivo, de acordo com o planejamento geral da instituição;

Parágrafo único. Em se tratando de instituição que oferece educação do campo, o calendário deve ser flexível e refletir o respeito às diferenças quanto à atividade econômica da população atendida.

Art. 26. A Proposta Político-Pedagógica deve ser (re)elaborada, anualmente, pela comunidade educacional e sua avaliação deve ser contínua.

§1º Entende-se por comunidade educacional, para efeito desta Resolução, todos os profissionais da instituição, pais/mães ou responsáveis e as crianças.

§2º A instituição deve manter em sua escrituração a Ata de Aprovação da Proposta Político-Pedagógica e a cópia impressa desse documento deve permanecer disponível à comunidade educacional.

Art. 27. A avaliação na Educação Infantil deve ser contínua, de caráter formativo, e ter como função possibilitar intervenções pedagógicas necessárias ao processo de aprendizagens e desenvolvimento da criança e o redimensionamento da Proposta Político-Pedagógica, das ações dos gestores, professores e demais profissionais da educação, sempre que necessário.

§1º O processo de avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento da criança deve ser qualitativo, com a utilização de múltiplos registros realizados por professores/professoras e crianças;

§2º A avaliação da ação pedagógica deve promover reflexão acerca da proposta educacional da instituição, das metodologias adotadas, dos recursos e materiais disponíveis e apontar demandas para a formação continuada dos(as) professores(as);

§3º No processo de avaliação institucional, deve-se garantir a participação, o acompanhamento e a escuta de todos os profissionais da instituição, das famílias e das crianças;

§4º As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento da criança, sem retenção em qualquer agrupamento ou turma;

§5º Na Educação Infantil, a avaliação não tem caráter de promoção, mesmo em se tratando do acesso ao Ensino Fundamental;

§6º Cabe à instituição expedir documentação que permita atestar os processos de aprendizagens e desenvolvimento da criança.

Art. 28. O Regimento, documento normativo e obrigatório da instituição, deve ser elaborado pela comunidade educacional, em consonância com as orientações do Conselho Municipal de Educação, e explicitar:


a fundamentação legal da Proposta Político-Pedagógica e, necessariamente, ser com ela compatível, atendendo à legislação vigente;


a normatização da organização administrativa e pedagógica e as relações entre os diversos segmentos que constituem a comunidade educacional;

III. conformidade com o Regimento dos Centros Municipais de Educação Infantil/SME, no caso das instituições públicas municipais e de convênio total;

Parágrafo único. A instituição deve manter em sua escrituração a Ata de Aprovação do Regimento e a cópia impressa desse documento deve permanecer disponível à comunidade educacional.


CAPÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO


Art. 29. A organização de agrupamentos ou turmas deverá possibilitar as condições para que se concretizem os objetivos da Educação Infantil, as condições de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, suas necessidades e especificidades, e as exigências contidas nesta Resolução para a organização do espaço físico, sendo estabelecida a relação de:

I. 0 a 11meses de idade - até 18 crianças: máximo de 6 crianças por professor(a);

II. 1 ano de idade - até 18 crianças: máximo de 6 crianças por professor(a);

III. 2 anos de idade - até 20 crianças: máximo de 10 crianças por professor(a);

IV. 3 anos de idade - até 20 crianças: máximo de 10 crianças por professor(a);

V. 4 anos de idade - máximo 25 crianças – 1 professor(a);

VI. 5 anos de idade - máximo 25 crianças – 1 professor(a).

§1º Nos agrupamentos ou turmas, independente da faixa etária, deverá ser respeitada a relação metragem/criança mínima de 1,50m²;

§2º Os agrupamentos ou turmas de crianças de até 2 (dois) anos de idade deverão contar, necessariamente, com dois(duas) professores(as), seja em jornada parcial ou integral.

§3º Os agrupamentos ou turmas de crianças de 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco) anos de idade, em jornada integral, deverão contar, necessariamente, com dois(duas) professores(as);

Art. 30. Para a matrícula das crianças na Educação Infantil com até 5 (cinco) anos de idade, deve-se ter como referencia a idade completa ou a completar até 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.

§1º Os agrupamentos ou turmas podem ser constituídos por idades:


Berçário - até 11 meses;


Grupo 1 - 01 ano a 1 ano e 11meses;


Grupo 2 - 02 anos a 2anos e 11meses;


Grupo 3 - 03 anos a 3 anos e 11 meses;


Grupo 4 - 04 anos a 4 anos e 11 meses;


Grupo 5 - 05 anos a 5 anos e 11 meses.

§2º Os agrupamentos ou turmas podem também ser constituídos por idades aproximadas, mas contendo apenas dois recortes etários, conforme previsto no §1º,seja para atendimento parcial ou integral;

§3º A instituição que optar pelo agrupamento/turma misto deverá esclarecer às famílias das crianças – pais ou responsáveis – acerca do corte etário.

§4º A organização em agrupamentos ou turmas de crianças, nas instituições de Educação Infantil, deverá estar prevista na Proposta Político-Pedagógica.

§5º Nos agrupamentos ou turmas mistos(as), deverá ser respeitada a relação professor-criança correspondente à menor idade das crianças agrupadas, independente da quantidade de crianças com menor idade;


Art. 31. Nos agrupamentos ou turmas onde houver crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, devem ser garantidos, pela SME ou mantenedora, profissionais que se fizerem necessários ao desenvolvimento das atividades pedagógicas e de alimentação, higiene e locomoção.

Art. 32. Em instituições que oferecem atendimento em período integral, na organização dos momentos de intervalo do(a) professor(a) para o café e para o almoço e do período entre os turnos matutino e vespertino, a SME ou a mantenedora deverá assegurar a presença de um(a) profissional do magistério no agrupamento ou turma.

Art. 33. Para suprir as faltas ou períodos de licença do(a) professor(a), a SME ou a mantenedora deverá garantir outro professor(a) para substituí-lo(a).

Art. 34. Os(as) funcionário(as) responsáveis pelos serviços de limpeza e organização do ambiente educativo, alimentação, secretaria e portaria não podem exercer a função docente, nem substituir o professor(a) em sua ausência.

Art. 35. A escrituração educacional se constitui no registro sistemático das ações pedagógicas e administrativas da instituição, e nos documentos por ela abarcados devem ser garantidas autenticidade, regularidade/atualização e organização.

§1º A escrituração educacional deverá ser organizada em arquivos ativo e passivo e conter os seguintes documentos:

I. referentes à instituição:

a) comprovantes da regularidade jurídica e do aspecto físico;

b) Regimento;

c) Proposta Político-Pedagógica e calendário das atividades letivas;

d) dossiês dos profissionais contendo, no mínimo, dados de identificação pessoal e profissional, comprovação legal de habilitação para o exercício do magistério e comprovante do regime de trabalho do servidor de acordo com a função exercida;

e) registros da ação administrativa e pedagógica em documentos específicos;

f) coletânea da legislação educacional.

II. referentes às crianças:

a) registro de matrícula;

b) dossiês contendo, no mínino, cópia do Registro de Nascimento e do Cartão de Vacinação, comprovante de endereço, cópia de documentos pessoais dos pais, prescrições e atestados médicos para aquelas, cujas especificidades demandam esses documentos;

c) diário de agrupamentos/turmas;

d) relatório descritivo do processo de avaliação do desenvolvimento;

e) planejamento de atividades.

§2º Os documentos de que tratam os incisos I e II deverão permanecer na secretaria da instituição educacional e ser disponibilizados ao Serviço de Inspeção Escolar, sempre que solicitados.

CAPÍTULO IV

DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Art. 36. Para assegurar a implementação da Proposta Político-Pedagógica das instituições de Educação Infantil, devem ser garantidos, pelo Poder Público Municipal ou pela instituição privada, o quantitativo de profissionais e as condições adequadas de trabalho para o atendimento às crianças de até 5 (cinco) anos de idade.

Parágrafo único. A garantia de que trata o caput inclui períodos reservados para estudos, planejamento e avaliação, na carga horária de trabalho dos professores, conforme estabelecido na CLT e no Estatuto do Magistério.

Art. 37. A direção das instituições de Educação Infantil deve ser exercida por profissional com graduação em Pedagogia, admitidos, ainda, aqueles com Licenciatura Plena com Pós-Graduação em Educação.

Parágrafo único. A escolha do(a) diretor(a) das instituições públicas ocorrerá por meio de processo eletivo, direto e secreto, realizado pela comunidade educacional, conforme regulamentação aprovada por este Conselho.

Art. 38. A coordenação pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ser exercida por profissional com graduação em Pedagogia, admitidos, ainda, aqueles com Licenciatura Plena com Especialização em Educação Infantil.

Art. 39. A formação do(a) professor (a) para atuar nas instituições de Educação Infantil far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na Educação Infantil a oferecida em nível médio na modalidade normal.

Parágrafo único. Quando a instituição incluir em sua organização curricular o ensino de língua estrangeira, atividades corporais, rítmicas, expressivas e musicais, deverá contratar profissionais com Licenciatura Plena na respectiva área de atuação.

Art. 40. Os profissionais da educação que atuam na direção ou na coordenação pedagógica não deverão exercer outras funções no mesmo turno.

Paragrafo único. Admitir-se-á que o profissional que atua na direção assuma, simultaneamente, a função de coordenação pedagógica, quando a instituição tiver até 25 crianças.

Art. 41. No atendimento às crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, sempre que necessária e sem custo adicional às famílias dessas crianças, deve ser garantida:

I. a presença do profissional Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais, conforme o estabelecido na legislação;

II. a presença de profissionais para atuarem como apoios nas atividades pedagógicas, de alimentação, higiene e locomoção, conforme legislação vigente.

Art. 42. A instituição de Educação Infantil deve ter em seu quadro administrativo secretário(a) ou/e auxiliar de secretaria, com no mínimo, o Ensino Médio.

Art. 43. Os profissionais administrativos responsáveis pelos serviços gerais, de alimentação, portaria, vigilância e outros deverão receber formação continuada promovida pela SME ou pela mantenedora.

Art. 44. O(a) profissional que exerce função de serviços gerais não deve exercer, concomitantemente, a função de serviços de alimentação e, para essa última, é exigida a formação em Ensino Fundamental completo.

Art. 45. A instituição de Educação Infantil que fornecer almoço e ou jantar deverá contar com assessoria de um profissional com formação na área de nutrição.

Art.46. Todos os profissionais que atuarem nas instituições de Educação Infantil deverão ter vínculo empregatício e comprovarem formação adequada ao exercício de suas funções, sejam estas de natureza pedagógica ou administrativa.

Art. 47. As instituições pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino de Goiânia terão por princípio a gestão democrática, expressa por meio de ações que assegurem:

I. participação dos profissionais da educação e das famílias das crianças atendidas, na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação da Proposta Político-Pedagógica e do Regimento da instituição;

II. participação da comunidade educacional, nas instituições públicas, por meio dos Conselhos Gestor e Escolar, e nas instituições privadas, por meio de associações de pais, em reuniões coletivas ou equivalentes.


CAPÍTULO V

DOS ESPAÇOS FÍSICOS, DAS INSTALAÇÕES E DOS EQUIPAMENTOS

Art. 48. Os espaços, as instalações e os equipamentos das instituições de Educação Infantil deverão oferecer à criança proteção e segurança, assim como oportunidades de aprender e se desenvolver, explorar o mundo e construir sua autonomia.

Art. 49. Para a concessão do ato de Autorização de Funcionamento, a edificação deve ser adequada ao fim educativo e atender às normas e especificações técnicas definidas em lei e na ABNT, no Código de Edificações de Goiânia e no Plano Diretor do Município de Goiânia.

§1º As dependências da edificação devem apresentar condições de aeração, insolação, iluminação natural ou artificial adequadas, e, para garantir as condições de acessibilidade e segurança:

I. o acesso à entrada principal da instituição e os existentes no interior da edificação devem possuir portas adequadas e, se necessário, rampas, a fim de propiciar a circulação das pessoas, inclusive das com deficiência física ou mobilidade reduzida;

II. as escadas e ou rampas existentes na edificação devem ter piso antiderrapante e ser equipadas com corrimão e guarda-corpo. Quando se tratar de escadas ou rampas com largura superior a 2,40m, é necessária a instalação de corrimão intermediário;

III. nas edificações que possuem pavimento superior, ao qual a criança tenha acesso, deve haver tela protetora nas janelas e guarda-corpo na sacada, complementado com grade ou tela protetora, somente vertical, até o teto;

IV. se houver piscina, deve haver piso antiderrapante em seu contorno e grades com barras verticais, com altura mínima de 1,50m, que isolem a área de circulação em volta, e com portão e cadeado na parte superior.

§2° As instalações sanitárias destinadas aos educandos devem ser separadas por sexo, adequadas à faixa etária atendida, em quantidade suficiente, e acessíveis às crianças com deficiência física ou mobilidade reduzida.

§3º Na edificação, deve haver instalações sanitárias destinadas, exclusivamente, aos profissionais que prestam serviços à instituição e aos visitantes, acessíveis às pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.

§4º O mobiliário e os equipamentos destinados ao uso das crianças devem atender aos princípios da ergonomia e apresentar durabilidade, funcionalidade, segurança, estética adequada aos objetivos da Educação Infantil e possibilitar acessibilidade e mobilidade às crianças com deficiência.

§5º O fornecimento de água e o afastamento de esgoto devem atender às normas constantes do Código de Posturas do Município de Goiânia e o Código Sanitário de Goiânia.

§6º Os reservatórios de água potável das edificações devem ter capacidade suficiente para atender à demanda e deverão respeitar as exigências constantes no Código Sanitário de Goiânia.

§7º A(s) caixa(s) d'água deve(m) ser higienizada(s) semestralmente, conforme o disposto na Lei Municipal nº 8.108, de 10 de junho de 2002, e o Código Sanitário de Goiânia; para a disponibilização de água para beber devem ser observadas as seguintes condições:

I. os bebedouros e os purificadores devem ser instalados em locais apropriados e adequados ao uso das crianças, vedada à instalação em locais insalubres;

II. os equipamentos de que trata o inciso I devem ser mantidos em perfeito estado de limpeza e conservação, com troca periódica dos filtros, conforme normas de manutenção;

III. a apresentação de documentos que comprovem a higienização da caixa d'água e controle de praga.

Art. 50. Os espaços internos e externos das instituições educacionais devem ser adequados às atividades administrativas, pedagógicas, recreativas, culturais e de serviços gerais, conforme o Código de Edificações e Uso do Solo de Goiânia e o Código Sanitário de Goiânia; assim, a edificação deve ter uma estrutura básica que contenha:

I. sala para recepção;

II. salas específicas para diretoria, secretaria, coordenação pedagógica, professores e outras que se fizerem necessárias;

III. salas para atividades que possibilitem relação metragem/criança mínima de 1,50m2 e que permitam a mobilidade das crianças, do mobiliário e dos equipamentos;

IV. espaços específicos destinados à cozinha, com os equipamentos e utensílios apropriados à conservação de alimentos, à despensa, ao almoxarifado e aos serviços gerais;

V. refeitório próximo à cozinha, com mobiliário adequado, conforme as normas da ABNT e Inmetro e em quantidade suficiente, nas instituições que oferecerem refeições;

VI. áreas coberta e descoberta, que possibilitem o desenvolvimento de atividades de expressão corporal, artística e de lazer, compatíveis com o quantitativo de crianças atendido;

VII. área livre, preferencialmente, arborizada e ajardinada, que ofereça segurança;

VIII. parque infantil ou áreas cobertas e descobertas, onde possam ser colocados brinquedos aprovados pelo Inmetro.

Parágrafo único. As instituições educacionais que oferecem a Educação Infantil e também o Ensino Fundamental e/ou Médio devem reservar espaços para uso exclusivo das crianças de até 5 (cinco) anos de idade.

Art. 51. As instituições de Educação Infantil que atendem crianças na faixa etária de 0 (zero) até 5 (cinco) anos de idade, em período integral, devem também dispor de:

I. sala(s) para repouso, provida(s) de colchonetes para uso individual, compatíveis com o quantitativo de crianças atendidas, garantindo espaço para circulação dos professores.

II. espaço adequado ao banho das crianças e à troca de fraldas e roupas, conforme as normas da ABNT NBR e o Código Sanitário de Goiânia.

Parágrafo único. As instituições que optarem por berços ou camas com proteção lateral, de uso individual, deverão assegurar a distância mínima de 0,50m entre um(a) e outro(a) e em relação à parede.

CAPÍTULO VI

DA CRIAÇÃO E DA DENOMINAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES

Art. 52. Entende-se por criação o ato próprio pelo qual é formalizada, por quem de direito, a intenção de criar e manter uma instituição para desenvolver a Educação Infantil, em conformidade com esta Normativa.

§1º O ato de criação se efetiva para as instituições públicas de Educação Infantil, por meio de decreto do Poder Público Municipal, e para as instituições da iniciativa privada, por meio de Contrato Social registrado em cartório ou na Junta Comercial do Estado de Goiás.

§2º O ato de criação de uma instituição de Educação Infantil não autoriza o seu funcionamento, visto que esse depende de ato próprio do Conselho Municipal de Educação.

Art. 53. As instituições de Educação Infantil, do Sistema Municipal de Educação de Goiânia, terão as seguintes denominações:

I. Públicas: Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI);

II. Privadas: Centro de Educação Infantil (CEI), Centro Educacional, Escola de Educação Infantil.

Parágrafo único. Não serão admitidas nomenclaturas que não dizem respeito ao campo educacional.

CAPÍTULO VII

SEÇÃO I

DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO

Art. 54. A Autorização de Funcionamento, ato pelo qual o Conselho Municipal de Educação autoriza a instituição a desenvolver a Educação Infantil, será concedida pelo prazo de até 5 (cinco) anos civis.

Art. 55. O pedido de Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil, realizado pelas instituições públicas, será protocolizado no Conselho Municipal de Educação pela direção da instituição, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias antes do início das atividades letivas, e deve ser instruído com cópia da seguinte documentação:

I. Requerimento subscrito pelo(a) diretor(a) da instituição destinado à Presidência do Conselho Municipal de Educação, solicitando-lhe Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil;

II. Termo de ciência das normativas deste Conselho e das normativas nacionais relativas à Educação Infantil;

III. Lei de Criação e de Denominação;

IV.Decreto Municipal de Nomeação do(a) diretor(a);

V. Alvará de Autorização Sanitária Municipal atualizado, expedido pelo órgão municipal competente;

VI. Laudo técnico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, atualizado;

VII. Alvará de Localização e Funcionamento, expedido pelo órgão municipal competente, para as instituições construídas e/ou locadas a partir da data de publicação desta Resolução;

VIII. Proposta Político-Pedagógica e cópia da ata de sua aprovação pela comunidade educacional;

XI. Resolução relativa ao último ato autorizador, quando da solicitação de Autorização subsequente.

§1º Em caso de primeira solicitação de Autorização de Funcionamento, a cópia da ata de aprovação do Regimento e da Proposta Político-Pedagógica deve ser encaminhada a este Conselho, em até 90 dias, a contar do início das atividades letivas.

§2º A instituição que funcionar em prédio não pertencente ao Poder Público Municipal deve apresentar documento específico comprobatório da condição de uso desse prédio, com laudo técnico.

Art. 56. O pedido de Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil para as instituições privadas será protocolizado no Conselho Municipal de Educação, pelo representante legal da instituição ou responsável com procuração, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias antes do início das atividades letivas, e deve ser instruído com cópia da seguinte documentação:

I. da mantenedora:

a) requerimento subscrito pelo(a) representante legal da instituição destinado à Presidência do Conselho Municipal de Educação, solicitando-lhe Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil;

b) termo de ciência das normativas deste Conselho e das normativas nacionais relativas à Educação Infantil;

c) demonstrativo da capacidade econômica e financeira da mantenedora, inclusive as instituições filantrópicas e comunitárias;

d) Carteira de Identidade, Cadastro de Pessoa Física e comprovante de endereço do(s) representante(s) legal da mantenedora;

e) Contrato Social, registrado em cartório ou na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg);

f) Estatuto e atas atualizadas de eleição e de posse da atual diretoria, quando instituição de fins filantrópicos;

g) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

II. da unidade educacional:


comprovante do nome empresarial, de fantasia (se houver) e de endereço;

b) declaração de ciência acerca do Registro de Proteção Marca, expedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial/INPI;

c) comprovante de propriedade do imóvel ou do contrato de sua locação, cessão ou comodato, com prazo de vigência de no mínino 5 anos;

d) planta baixa ou croqui dos espaços que compõem o prédio escolar;

e) Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, atualizado;

f) Alvará de Autorização Sanitária Municipal, atualizado, expedido pelo órgão municipal competente;

g) Alvará de Localização e Funcionamento, expedido pelo órgão municipal competente;

h) Regimento e ata de sua aprovação pela comunidade educacional;

i) Proposta Político-Pedagógica e ata de sua aprovação pela comunidade educacional;

j) Relação nominal dos profissionais das áreas pedagógica e administrativa, com a respectiva formação profissional e função exercida, acompanhada dos comprovantes da formação;

k) folhas de qualificação civil e contrato de trabalho dos profissionais das áreas pedagógica e administrativa, registrados na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de acordo com a função exercida na instituição;

l) Resolução relativa ao último ato autorizador, quando da solicitação de Autorização subsequente.

§1º Em caso de primeira solicitação de Autorização de Funcionamento, a cópia da Ata de Aprovação do Regimento e da Proposta Político-Pedagógica deve ser encaminhada a este Conselho em até 90 dias, a contar do início das atividades letivas.

§2º As instituições conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação devem anexar ao processo cópia da Declaração de Celebração de Convênio, expedida pela Secretaria Municipal de Educação/Divisão de Convênios.

Art. 57. O pedido de Autorização de Funcionamento para a instituição que já tenha este ato autorizador deverá ser protocolizado neste Conselho, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias antes do fim da vigência do ato.

Art. 58. Quando da solicitação de Autorização de Funcionamento, a Divisão de Inspeção Escolar deste Conselho deve verificar, in loco, as condições de funcionamento da instituição e apresentar o Relatório de Verificação Prévio devidamente fundamentado nos dispositivos legais desta Resolução.

Art. 59. Quando negada a Autorização de Funcionamento, a instituição poderá recorrer da decisão deste Conselho, no prazo de 30 dias, a contar a partir da data do recebimento da notificação, ocasião em que deverá comprovar, com documentos, que as irregularidades que motivaram a negação do ato foram sanadas.

Art. 60. É vedado à instituição de Educação Infantil funcionar sem o ato de Autorização de Funcionamento.

Parágrafo único. À instituição que mantiver a oferta da Educação Infantil, sem ato autorizador, poderão ser aplicadas as medidas previstas no artigo 60 e em seus incisos.


SEÇÃO II

DA MUDANÇA DE CNPJ, MANTENEDORA, ENDEREÇO E DENOMINAÇÃO

Art. 61. Mudança de endereço e/ou de CNPJ/Mantenedora deverá ser comunicada previamente a este Conselho por meio de ofício.

§1º A mudança de endereço e/ou de CNPJ/Mantenedora implica a perda do ato autorizador, o que será publicizado por meio de resolução própria, ficando a instituição obrigada a protocolizar novo processo de Autorização de Funcionamento, conforme o estabelecido no artigo 52 e em seus incisos e alíneas, se instituição pública, e no artigo 53 e em seus incisos e alíneas, se instituição privada.

§2º Mudança de endereço e/ou de CNPJ/mantenedora obriga a instituição a fazer alterações no Regimento, na Proposta Político-Pedagógica, na escrituração e, inclusive, estatutária, quando couber.

§3º Se as alterações previstas no caput ocorrerem durante a tramitação de processo de Autorização de Funcionamento neste Conselho, os autos serão arquivados.

Art. 62. As mudanças relativas à anexação de área ou imóvel, na vigência da Autorização de Funcionamento, deverão ser comunicadas a este Conselho, no prazo de 30 dias depois de concluída a anexação, por meio de ofício acompanhado de cópia da seguinte documentação:

I. comprovante de endereço da instituição, que inclua a área ou o imóvel anexado;

II. comprovante de propriedade do imóvel;

III. Alvará de Localização e Funcionamento, expedido pelo órgão municipal competente;

IV. Alvará de Autorização Sanitária Municipal, atualizado, expedido pelo órgão municipal competente;

V. Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, atualizado.

§2º A anexação de área ou imóvel implica na realização de verificação in loco e na expedição de Relatório Complementar da Verificação Prévia, pelo Serviço de Inspeção Escolar.

§3º A ampliação da oferta da Educação Infantil, em área ou imóvel anexado, sem o cumprimento do disposto no caput, é irregularidade sujeita às sansões previstas nos incisos I ao VI do artigo 60.

Art. 63. As alterações relativas à mudança de sócios – alteração de sociedade – na vigência do ato autorizador devem ser comunicadas a este Conselho, no prazo de 30 dias, via ofício, com cópia anexa dos seguintes documentos:

I. Alteração Contratual, com registro no Cartório de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg);

II. Carteira de Identidade, do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e de comprovante de endereço do/da(s) sócio/sócia(s) admitido/admitida(s).

Art. 64. A mudança de nome empresarial e/ou de fantasia, na vigência de Autorização de Funcionamento, deve ser comunicada a este Conselho, em 30 dias, via ofício, com cópias anexas dos seguintes documentos:

I. alteração contratual;

II. CNPJ.

§1º Mudança de denominação obriga a instituição a fazer alterações no Regimento, na Proposta Político-Pedagógica, na escrituração e, inclusive, estatutária, quando couber.

§2º O nome de fantasia, caso exista, deverá constar em todos os documentos da instituição presentes dos autos (Regimento, Proposta Político-Pedagógica, requerimento, ficha de identificação, termo de convênio e outros).

CAPÍTULO VIII

DOS PROCEDIMENTOS E DAS SANÇÕES

Art. 65 Às instituições autorizadas que descumprirem as exigências legais estabelecidas nesta Resolução e nas demais leis e normas referentes à oferta e ao desenvolvimento da Educação Infantil poderão ser aplicadas as seguintes medidas:

I. notificação aos responsáveis, com base nos artigos desta Normatiza que não estão sendo cumpridos, com o estabelecimento de prazo para que a instituição promova as devidas adequações;

II. advertência aos responsáveis, por meio de ofício, relativa às medidas cabíveis, conforme o caso;

III. acionamento do(s) órgão(s) público(s) competente(s) para adoção das providências legais cabíveis; suspensão das matriculas para o ano seguinte;

IV. suspensão das atividades educacionais;

V. determinação da cassação do ato autorizador concedido;

VI. determinação do encerramento das atividades referentes à Educação Infantil.

§1º O Conselho Municipal de Educação, quando instaurar processo visando à suspensão das atividades, à determinação de cassação do ato autorizador ou à determinação do encerramento das atividades educacionais de uma instituição, garantirá a ela o direito ao contraditório e à ampla defesa, em grau de recurso ao próprio Órgão, em consonância com os dispositivos legais, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar a partir da data do recebimento, pela instituição, da notificação expedida por este Órgão.

§2º Notificação é o ato por meio do qual o Conselho Municipal de Educação dará conhecimento, oficial e legal, a uma instituição educacional de que, na organização pedagógica, administrativa e/ou física dela, há descumprimento desta Normativa, e estabelecerá prazo de, no máximo, 120 (cento e vinte) dias, para que a instituição realize as devidas adequações.

§3º Advertência é o comunicado, por meio de ofício emitido por este Conselho, para que o(s) responsável(is) pela instituição educacional tome(m) conhecimento do descumprimento do disposto nesta Resolução, das deliberações do Conselho Pleno e/ou das demais legislações e das implicações que podem advir desse fato.

§4º Encerramento das atividades é o término das ações desenvolvidas pela unidade educacional, referentes à Educação Infantil.

§5º Caberá ao Conselho Pleno determinar a sanção adequada a cada caso.

Art. 66. A suspensão das atividades educacionais poderá ser total ou parcial e ocorrer em caso de interdição do prédio da instituição, por deliberação do Poder Público, por ato do Conselho Municipal de Educação ou órgãos competentes e pela própria mantenedora, quando for constatada:

I. ameaça iminente à segurança e à saúde das crianças, dos profissionais e dos visitantes da instituição;

II. necessidade de obras, que exijam a desocupação do prédio.

Parágrafo único. Quando ocorrer a suspensão das atividades, todos os envolvidos deverão ser comunicados por parte do órgão que promoveu a deliberação, e esse comunicado deverá ser registrado em ata.

Art. 67. A determinação da cassação do ato autorizador poderá ocorrer a qualquer momento de sua vigência, depois de esgotados todos os prazos e/ou recursos concedidos à instituição para que cumpra o previsto nesta Resolução.

Parágrafo único. O Conselho Municipal de Educação dará publicidade à determinação de cassação do ato autorizador e seus motivos.

Art. 68. O encerramento das atividades pode ocorrer por iniciativa da instituição, quando do setor privado, pela Secretaria Municipal de Educação, quando do setor público, ou por ato deliberativo do Conselho Municipal de Educação, após a conclusão das atividades letivas, dependendo do caso.

Parágrafo único. Quando a instituição propuser o encerramento das atividades, o Conselho Municipal de Educação e os pais ou responsáveis devem ser comunicados, por meio de ofício, com antecedência de, no mínimo, 90 (noventa) dias.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 69. A construção ou a ampliação das instituições educacionais públicas ou privadas depende de aprovação dos órgãos oficiais competentes e deve ser comunicada a este Conselho, por meio de ofício, para o devido acompanhamento.

Parágrafo único. Caso o procedimento de que trata o caput não seja observado, o processo da instituição será diligenciado e enviado ao Conselho Pleno, que deliberará sobre a pertinência da concessão de prazo de até 90 (noventa) dias para que a instituição apresente a documentação prevista nesta Resolução.

Art. 70. Será considerada em situação irregular a instituição educacional sem a Autorização de Funcionamento concedida por este Órgão ou com a Autorização de Funcionamento vencida.

Art. 71. Os prejuízos causados às crianças, em virtude de irregularidade, serão de exclusiva responsabilidade da instituição educacional e tratadas nas instâncias que se fizerem necessárias.

Art. 72. À Divisão de Inspeção Escolar do Conselho Municipal de Educação compete orientar, acompanhar e avaliar os procedimentos legais e pedagógicos referentes à regularização das instituições educacionais no âmbito do Sistema Municipal de Ensino, bem como elaborar Relatórios de Verificação Prévia, de acompanhamento e outros.

Parágrafo único. A instituição que dificultar e ou não permitir o trabalho do Serviço de Inspeção Escolar do Conselho Municipal de Educação estará sujeita à advertência.

Art. 73. A instituição deverá afixar, em local visível ao público, cópia da Resolução de Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil.

Art. 74. Em todos os documentos expedidos pela unidade educacional, deve constar a referência ao número da Resolução de Autorização de Funcionamento concedida por este Conselho, que dá amparo legal ao funcionamento da instituição.

Art. 75. Não se admitem dependências domiciliares no interior das instituições educacionais ou que tenham acesso direto (portas e ou portões) a elas.

Art. 76. Os estabelecimentos comerciais, porventura existentes no interior das unidades educacionais, cuja finalidade seja o atendimento à comunidade educacional, deverão estar de acordo com a legislação vigente.

Parágrafo único. Os restaurantes ou similares deverão se adequar às normas deste Conselho, no que se refere à necessária orientação de nutricionista e às condições de higiene e funcionamento da cozinha, e deverá ser apresentado à Inspeção Escolar, sempre que solicitado, o respectivo Alvará de Vigilância Sanitária.

Art. 77. Para o cumprimento do artigo 29 e do artigo 38 desta Resolução, que, respectivamente, definem a relação criança/professor(a) nos agrupamentos/turmas e a formação do(a) professor(a) da Educação Infantil, será concedido prazo de 20 (vinte) anos para a progressiva adequação.

§1º No período de adequação da instituição aos artigos 29 e 38 desta Resolução, admitir-se-á professor e auxiliar educativo com escolaridade mínima em nível médio, contemplados com formação continuada, durante o período de vigência previsto no caput.

Artigo 78. Nos cinco primeiros anos da vigência desta Resolução, admitir-se-á profissional de língua estrangeira, atividades corporais, rítmicas, expressivas e musicais, sem formação em Licenciatura Plena na respectiva área de atuação, desde que seja acompanhado do professor(a) regente.

Art. 79. As instituições de Educação Infantil terão o prazo de 5 (cinco) anos para se organizarem de modo a oferecer brinquedos, parques infantis e equipamentos, que atendam às especificidades das crianças com deficiência física, em conformidade com as normas de segurança;

Art. 80. As Diretrizes Organizacionais do Ano Letivo da Rede Municipal de Educação de Goiânia, que estabelecem os critérios para orientar a gestão das instituições públicas de Educação Infantil, devem respeitar o que estabelece esta Resolução.

Parágrafo único. Alterações nas Diretrizes Organizacionais da Rede Municipal de Educação de Goiânia, em vigência, devem ser encaminhadas a este Conselho para conhecimento.

Art. 81. A Secretaria Municipal de Educação deverá encaminhar a este Conselho as Políticas, a Proposta Político-Pedagógica e o Regimento referentes à Educação Infantil, para aprovação e acompanhamento, antes de sua implementação.

Parágrafo único. Alterações na Proposta Político-Pedagógica e no Regimento devem sem encaminhados a este Conselho, para aprovação, antes de serem implementadas.

Art. 82. A Secretaria Municipal de Educação deverá encaminhar a este Conselho, anualmente, informações referentes às instituições educacionais a serem criadas e relatórios descritivos sobre dados estatísticos da Educação Infantil, incluindo a demanda manifesta.

Art. 83. A Secretaria Municipal de Educação deverá informar a este Conselho, antes do início das atividades letivas de um novo Centro Municipal de Educação Infantil, o nome e o endereço da unidade educacional a ser inaugurada, a forma de organização dos agrupamentos e o número de crianças que serão atendidas.

Art. 84. Caso seja constatada instituição de Educação Infantil em funcionamento sem o conhecimento deste Conselho, seu representante legal será convocado a comparecer a esta Casa, para receber, oficialmente, o comunicado de que a instituição está funcionando de forma irregular e de que a denúncia desse fato será encaminhada aos órgãos competentes.

Art. 85. As instituições acompanhadas por este Conselho, as quais, por motivos diversos, encontrem-se, até a data de publicação desta Resolução, sem o ato autorizador, terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias para promoverem as ações necessárias a sua regularização.

Art. 86. No caso das instituições que não atendam às exigências desta Resolução para a obtenção da Autorização de Funcionamento, poderá ser concedida Autorização Precária, para que elas promovam as devidas adequações, de acordo com as determinações e os prazos deliberados pelo Conselho Pleno.

Art. 87. O processo referente ao ato de Autorização de Funcionamento, após sua tramitação final, será arquivado no Conselho Municipal de Educação.

Art. 88. As dúvidas e os casos omissos nesta Resolução serão analisados e deliberados

Art. 89. Revoga-se o disposto na Resolução CME nº 194/2007.

Art. 90. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das sessões plenárias, aos ....

Ludmylla da Silva Morais

Presidente

Dalva Manhas da Silva – Vice-Presidente

Paulo de Tarso Léda Filho – Secretário-Geral

Antônio Lima de Magalhães

Edmilson da Silva Alves

Elcivan Gonçalves França

Eulâmpia Neves Ferreira

Kátia Leite de Morais Calile Coura

Luiz de Gonzaga Adão Câmara

Marcos Antônio de Oliveira

Maria Helena de Almeida Alves Jardim

Roberto Borges de Oliveira

Rosilayne dos Santos Cavalcante Silva