quarta-feira, 18 de maio de 2016

RELATO DO SEGUNDO ENCONTRO DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA E DATA/TEXTO DO PRÓXIMO ENCONTRO

Segue abaixo o relato do segundo encontro do curso de formação continuada em Educação do SIMSED/MPG/COMANDO DE LUTA DE APARECIDA. 

Clique Aqui para acessar a postagem que divulgou o encontro e que contém os textos trabalhados

O encontro aconteceu na sala 109 da Faculdade de Educação/ UFG em Goiânia, no dia 7 de maio de 2016, das 9 às 12:00. Os textos estudados e debatidos foram:

“Nem tudo o que conta em educação é mensurável ou comparável. Crítica à accountability baseada em testes estandardizados e rankings escolares”, de Almerindo Janela Afonso
“Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação”de Luiz Carlos de Freitas. ]

A reunião aconteceu em forma de roda de debates. Cada participante apresentou aos restantes suas impressões e interpretações sobre as leituras. Os próprios debatedores esclareceram as dúvidas uns dos outros e argumentaram em prol de suas ideias citando outras leituras e outros autores. Também as experiências práticas de cada um foram compartilhadas enriquecendo a atividade e ampliando as possibilidades analíticas do evento. Como na primeira reunião, o nível das intervenções foi alto. Cada participante trouxe importantes contribuições a respeito das leituras feitas. O tema dos dois textos se refere à questões relacionadas a um ponto fundamental para as políticas públicas no campo da educação: os testes padronizados e à privatização da educação. Assuntos que têm feito parte da nossa realidade cotidiana nos últimos tempos e tem causado preocupação entre os profissionais envolvidos no processo educativo e entre os especialistas pesquisadores sobre o assunto. 

O texto do Professor Luiz Carlos de Freitas faz uma análise da realidade estadunidense nos últimos anos, a qual esteve envolvida com processos de terceirização da educação pública aos moldes propostos por empresários e economistas neoliberais durante meados dos anos 1990 e meados dos anos 2000. Os resultados desses processos se mostraram catastróficos do ponto de vista da democratização do ensino público nos EUA. 

O texto do Professor Afonso analisa a situação da educação pública portuguesa e questiona a tendência de se utilizar testes estandardizados como fórmula para responsabilizar professores e alunos das escolas públicas daquele país pelos eventuais fracassos nos resultados obtidos nessas provas. 

A partir da leitura dos dois textos e dos debates que fizemos na reunião pode -se concluir que a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação aqui no Brasil tem que se intensificar para evitar o avanço das políticas neoliberais em curso. Estas políticas não fazem mais do que responsabilizar o Professor, culpabilizá-lo por fracassos e, principalmente, precarizar ainda mais suas condições de trabalho reduzindo seu salário.

O próximo encontro será no dia 04 de junho, sábado, as 9:00 na Faculdade de Educação da UFG. O texto a ser estudado é "Professores Excelentes Como melhorar a aprendizagem dos estudantes na América Latina e no Caribe". Barbara Bruns e Javier Luque - Grupo Banco Mundial. CLIQUE AQUI PARA ACESSÁ-LO