terça-feira, 3 de março de 2015

VEREADORES, TRAIDORES! ASSIM COMO O PREFEITO, NÃO RESPEITAM OS TRABALHADORES!


Do site da Câmara Municipal de Goiânia:


MANTIDO VETO DO PAÇO À RETROAVIDADE SALARIAL DOS SERVIDORES
03/03/2015 13:08
Servidores acenam com greve geral se o benefício não for pago


Pelo placar de 20 votos favoráveis e 13 contrários, a Câmara manteve hoje (3) o veto parcial do prefeito Paulo Garcia, do PT, à proposta dos vereadores retroagindo a maio de 2014 o reajuste linear de 6,28% aos servidores da administração municipal. Para a derrubada do veto seriam necessários 18 votos contrários ao projeto, o que não conseguiu a oposição ao Paço.

Pelo projeto aprovado pela Casa, no final do ano passado, o reajuste dos servidores, ativos e inativos, foi concedido em parcela única, a partir de 1º de janeiro deste ano.
No dia 26 de fevereiro, foi lido o projeto do Prefeito que acena com reajuste aos servidores, mas sem a inclusão do pagamento da retroatividade devida pelo Paço desde maio do ano passado. O projeto encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para receber parecer do relator.

Na sessão de hoje, ciente de que o veto seria mantido, o presidente da CCJ, Elias Vaz, do PSB, garantiu às lideranças sindicais municipais que apresentará uma emenda garantindo a reposição salarial. “Vou discutir o assunto com os trabalhadores e pedir sugestões sobre essa emenda. Vamos acatar o que vocês pedirem. A reposição salarial é um direito que não se discute”, garantiu ele.

O líder do prefeito na Casa, Carlos Soares, do PT, justificou a manutenção do veto com o seguinte argumento: “A prefeitura não tem condições financeira para arcar com essa reposição salarial. Mas vamos buscar alternativas para o pagamento, através de negociações com o fórum dos servidores”. Soares distribuiu um documento detalhando benefícios e vantagens concedidos por Garcia aos servidores municipais, nos últimos 5 anos.

TUMULTOS E CRÍTICAS

A sessão foi tensa e tumultuada, com as galerias da Casa completamente lotadas por servidores municipais. Eles gritavam que a manutenção do veto poderia desencadear greve geral na Prefeitura. Aos gritos de “greve agora”, os servidores revoltaram contra os vereadores que votaram contra a derrubada do veto, jogando papéis e água no plenário. Chegaram ameaçar que invadiriam o plenário, se o veto não fosse rejeitado. Mas isso não ocorreu.

O presidente da Câmara, Anselmo Pereira, do PSDB, pediu calma aos servidores, dizendo que os vereadores vão apresentar emendas ao projeto do Paço que está na Casa que fixa reajuste geral dos servidores ativos e inativos da prefeitura em 6,28%. Antecipa o reajuste de 2015, fixando em 7,36%, dividido em três parcelas nos meses de maio (1,5%), setembro (1,5%) e janeiro (4,36%) de 2016.

Encabeçados pelo ex-petista Tayrone di Martino (sem partido), a oposição criticou duramente a administração municipal, com severas restrições ao prefeito Paulo Garcia. As críticas mais contundentes vieram dos tucanos Geovani Antonio, Thiago Albernaz, Cristina Lopes,além de Elias Vaz, Djalma Araújo, do SDD, Zander Fábio, do PSL. 

“Trata-se de uma administração sem planejamento, em cinco anos o prefeito não foi capaz de fazer uma reforma administrativa, reduzir secretarias e cortar altos salários”, bradou Di Martino. Elias lembrou que “reposição não é aumento, é um direito do trabalhador. Não sobra dinheiro porque vai para a corrupção, super-salários. Essa conta não pode ser paga pelo servidor”.

“Sinto vergonha e é um absurdo ver vereador votar contra reposição salarial. Isso é inacreditável”, ponderou Zander Fábio. No mesmo tom falaram Cristina Lopes e Geovani Antonio, do PSDB. 

VOTANTES

Votaram pela manutenção do veto os seguintes vereadores: Antonio Uchoa e Jorge do Hugo, do PSL, Carlos Soares, do PT, Cida Garcês e Paulo Magalhães, do SDD, Clécio Alves, Célia Valadão, Denício Trindade, Izidio Alves, Mizair Lemes e Paulo Borges, do PMDB, Deivison Costa, do PT do B, Edson Automóveis e Fábio Caixeta, do PMN, Felisberto Tavares, sem partido, Milton Mercez, do PTB, Paulinho Graus, do PDT, Richard Nixon, PRTB, Rogério Cruz, do PRB, Wellington Peixoto, do Pros.

Contra o veto: Divino Rodrigues e Paulo da Farmácia, do Pros, Djalma Araújo, do SDD, Bernardo do Cais, PSC, Dr. Gian, Cristina Lopes, Geovani Antonio e Thiago Albernaz, PSDB, Elias Vaz, PSB, Fábio Lima, PRTB, Pedro Azulão Jr. PSB, Tayrone di Martino, sem partido, e Zander Fábio, do PSL.

Apenas a vereadora Tatiana Lemos, do PC do B, não participou da sessão. Sua ausência foi justificada pela tucana Cristina Lopes: “Ela encontra-se viajando e não chegará a tempo de participar da sessão”. 
(Antônio Ribeiro dos Santos)

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