terça-feira, 17 de março de 2015

PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS NA RME GOIÂNIA: CONHEÇA ALGUNS CASOS

Apoio pedagógico afastada por realizar seu trabalho?
Aos Profissionais de Educação do Município de Goiânia
Por quase 11 anos, na função de apoio pedagógico nas unidades educacionais da RME de Goiânia, desenvolvi um trabalho com total respeito a todos os alunos e profissionais de educação. Apesar do meu profissionalismo durante todo este período de tempo comecei a ser assediada, perseguida e ter meu trabalho questionado à partir de algumas colocações feitas por mim em setembro de 2013, quando houveram cortes das gratificações dos apoios. Minhas colocações se fundavam na forma como as decisões são tomadas sem planejamento adequado, o que colocava os trabalhadores que contavam com aquele dinheiro no orçamento em dificuldade.
É importante ressaltar que, em nenhum momento, minhas colocações tiveram uma abordagem de afronta, desmoralização ou desrespeito, mas simplesmente uma posição diante dos fatos, o que acredito ser um direito de qualquer cidadão.
Com o passar do tempo a situação foi piorando. Recentemente, comuniquei à URE Brasil di Ramos sobre uma situação vivenciada pelos alunos e profissionais de uma instituição escolar, no caso, uma reforma que se encontrava paralisada. Fiz os devidos relatórios, tirei fotos e filmei a situação para mostrar a SME as péssimas condições que a comunidade escolar vivenciava diariamente. Alguns profissionais estavam até adoecendo! Após realizar este trabalho, que pensei ser minha função de apoio à escola, fui afastada de meu cargo e colocada à disposição da SME.  
O que aconteceu foi o seguinte: ao mesmo tempo em que eu informava a situação a unidade regional, os funcionários da obra e a comunidade denunciavam a situação na imprensa. No dia seguinte, a Televisão exibiu uma reportagem sobre a obra paralisada. Diante disso, fui comunicada pela minha chefe imediata que eu estava sendo colocada à disposição da SME para lotação em uma unidade escolar. A alegação era que eu não era mais uma pessoa de “confiança da SME”. 
Segundo o diretor do Departamento Pedagógico eu teria “instigado os professores da instituição escolar à denunciar o caso para a imprensa”. Após o ocorrido, fui excluída do grupo do WhatsApp da Unidade Regional e a senha do e-mail da URE Brasil foi modificada. O que isto significa? O que explica uma pessoa ser escorraçada dessa forma de um local em que dedicou vários anos da sua vida? Talvez signifique que eu seja uma bandida?! Uma pessoa perigosa para a SME?! Ou simplesmente uma pessoa que não merece confiança?!

Cabe destacar que solicitei à URE Brasil e posteriormente ao Departamento Pedagógico uma explicação por escrito, mas nada foi feito. Também protocolei uma solicitação de audiência com a Secretária de Educação, mas fui ignorada. Fica aqui a minha indignação e denúncia acerca dessas arbitrariedades, pois sempre fui e sempre serei compromissada com os nossos alunos e profissionais de educação que querem e lutam por uma educação de qualidade. 
Perseguições políticas da greve

Além do caso da professora Ângela Bethânia Dias de Souza que ERA apoio da URE Brasil di Ramos e foi afastada por clara perseguição política, alguns colegas têm sofrido perseguição e assédio por parte da SME e de alguns diretores (as). Durante a greve foi aberta uma sindicância contra os companheiros Antônio Gonçalves e Valmer Medeiros sob os motivos mais esdrúxulos, como faltas ou atas sem nenhum nexo, o que evidencia a perseguição. A sindicância foi encerrada e agora pode ser instaurado um processo administrativo para ambos os casos.

No caso do Valmer a situação é mais grave: juntaram várias atas feitas com o objetivo de intimidá-lo e o afastaram provisoriamente da escola em que ele estava lotado, sob justificativa de que isto era preciso ser feito para que a SME averiguasse os fatos relatados em Atas. O acesso a estas atas foi negado ao professor Valmer, o que demonstra a falta de transparência em relação ao processo. Sua defesa está sendo realizada pelos advogados do SIMSED.

Todos sentem nas escolas e CMEIs a política autoritária da SME que, em alguns casos, são reproduzidas por diretores (as) que se curvam ou se acomodam diante do autoritarismo. Mas, a categoria não se intimida e continua a lutar contra a opressão, além disso,
sabemos que existem diretores (as) com condutas éticas e coerentes com o cargo confiado a eles pela comunidade escolar, e não pela SME.
Os casos de assédio moral e perseguição podem ser levados ao conhecimento da coordenação jurídica do SIMSED para que as providências legais sejam tomadas. Telefones e informações no panfleto abaixo: