segunda-feira, 17 de novembro de 2014

REUNIÃO DA COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO, REUNIÃO DO SIMSED E NOTA SOBRE A ELEIÇÃO DE DIRETORES

REUNIÃO DA COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO DO DIA 13/11

Aconteceu no dia 13/11 às 16:00hs, no Paço Municipal, a quinta reunião da Comissão de Articulação e Negociação com os Trabalhadores da Educação.

 

 

Inicialmente a comissão foi informadas que não foi possível nesta reunião a presença do secretário de finanças, pois ele está muito envolvido com as mudanças na planta de valores (IPTU). Contudo, devido a necessidade de avançar em relação a algumas questões discutidas pela comissão, a próxima reunião contará com a presença do Secretário de finanças, do Secretário de Governo Osmar Magalhães e da Secretária de Educação Neyde Aparecida. Esta reunião acontecerá no dia 25 de novembro, as 16:00 no Paço Municipal.

Depois desse informe o Rafael do SEMGEP explicou que são 131 titularidades que estão sendo pagas, mas que não tiveram o retroativo. Mais uma vez afirmou que o decreto impede que tanto estas quanto as que ainda nem receberam sejam pagas. Pedimos que ele trouxesse um estudo da quantidade de titularidades e progressões que ainda nem foram concedidas por conta do decreto no intuito de entender o impacto e cobrar um posicionamento em relação a elas.

A reunião teve como deliberação o compromisso do coordenador da comissão de levar as discussões da mesma com as atas, inclusive com a do MP ao final da greve de 2014, para os secretários se posicionarem no dia da próxima reunião do dia 25.

Não houve muito a se discutir, afinal, a reunião que nos interessa será a próxima.

Atas das reuniões da comissão serão anexadas nesta mesma postagem em breve.

REUNIÃO DO SIMSED,  DIA 15/11 (sábado)

A reunião foi extremamente positiva pois contou com a presença e participação de uma grande quantidade de trabalhadores. Isto demonstra que a indignação e nossa força para reagir aos desmandos da SME só aumenta a cada dia.

Algumas fotos da reunião 






Deliberações principais


Fechamento de ciclo, fechamento de eaja, mudanças nas escolas de tempo integral: 

- Um grupo irá até o MP levar um documento e cobrar posicionamento da instituição
- Um grupo irá na SME para verificar como estão construindo as diretrizes e exigir a participação da categoria.
- Todos devem contribuir com a divulgação da audiência pública que acontecerá conforme seguinte cartaz (clique na imagem para ampliar e imprimir).
- Serão realizadas visitas as instituições escolares organizadas via redes sociais.


Assembleia e ações
- Realizaremos uma manifestação na SME na segunda-feira, dia 24 de novembro, dia da modulação dos "excedentes" expulsos de seus locais de trabalho sem aviso prévio ou justificativa plausível. É nosso dever informar a todos os colegas nesta situação deste ato que será melhor organizado no dia da audiência pública.
- Nossa próxima assembleia acontecerá no dia 04 de dezembro. A organização, local e horário ainda serão discutidos.

Eleição de diretores
- Nota de apoio aos candidatos de luta e o perfil que se espera deles será divulgada no blog e redes sociais. - Cada trabalhador pode manifestar seu apoio de maneira particular, mas o SIMSED não emitirá parecer enquanto instituição sobre os candidatos citando nomes.

SOBRE AS ELEIÇÕES PARA DIRETOR(A)


Primeiramente compartilhamos um excelente vídeo sobre gestão democrática de quase duas horas, mas que vale a pena. Reserve um tempinho. Este não é um vídeo somente para pesquisadores ou candidatos a direção nas escolas, mas um grande instrumento de discussão da função social da escola e do trabalhador da educação. Claro, para quem é candidato a diretor ou está indeciso em relação ao perfil de gestor que devemos buscar na escola, assista!



Nota do SIMSED sobre as eleições na Rede

Acontecerá no dia 27 de novembro as eleições para o cargo de diretor das escolas municipais de Goiânia. O período de campanha, que se iniciou em 29 de setembro, é importante a discussão de tomada de posição dentro das unidades educacionais que, muitas vezes, são dominadas por gestores antidemocráticos que visam apenas assegurar seus interesses pessoais e defender os interesses de políticos e do Estado.

Infelizmente, algumas pessoas não têm dado a atenção devida a esse momento tão importante para a nossa categoria. Desta maneira podem perder uma excelente oportunidade de praticar juntamente com alunos, pais, colegas de trabalho e comunidade o envolvimento consciente e crítico que buscamos estimular nos educandos em sala de aula como parte do contínuo processo de formação plena do sujeito, afinal, o pleito eleitoral nas escolas e cmei's são um excelente laboratório de reflexões e aprendizados em relação a forma como percebemos e atuamos na política de maneira geral. 

Não é difícil observar em nossos locais de trabalho os mesmos vícios, trapaças, manipulações e frouxidão de caráter que tanto criticamos no sistema político fora das escolas. Na verdade, esses vícios nada mais são do que uma herança colonial maldita que forjou, ao longo dos séculos XIX e XX, uma lógica política baseada no clientelismo e na troca de favores. Não é apenas nas eleições gerais para os cargos políticos majoritários que o voto de cabresto esta presente. Pelo contrário, ele subsiste até hoje no microcosmo da política que nos cerca em nosso dia a dia, tanto nas eleições para condomínio, associações de bairro, sindicatos, como nas referidas eleições para diretores ou outros tipo de eleições. Essa prática perversa se mostra como uma das mais graves limitações que a democracia representativa brasileira ainda não conseguiu superar, mesmo considerando alguns avanços.

É evidente que podemos fazer do processo eleitoral nas escolas e cmei's de Goiânia o início das mudanças e transformações que tanto almejamos. Mas será que estamos realmente preparados pra isso? Quantos estão realmente dispostos a travar um debate consciente e crítico com os colegas de trabalho e com a comunidade escolar sobre o que é e como colocar em prática a chamada gestão democrática escolar? Vejo muitos colegas reclamarem que o diretor tal é autoritário, ou que a diretora está perseguindo, ou que o Conselho Escolar não é atuante... Porém, em momentos como esse, quantos questionam estas situações? Quantos denunciam diretores que usam a truculência para se reeleger ou a força de seu cargo para apoiar a eleição de algum puxa saco utilizando métodos covardes, desprezíveis e inescrupulosos? Quantos estão dispostos a desmascarar aqueles candidatos e diretores que não passam de hipócritas sedentos pelo poder? 

Pessoas que são capazes de tudo, inclusive mentir, vigiar e até cooptar aqueles que lhes criticam com propostas financeiras. Será possível que vamos assistir calados e participar de pequenas reuniões em que alguns diretores manipulam e distorcem as informações para tirar vantagem e para denegrir seus adversários na disputa eleitoral? Até quando vamos aceitar déspotas que fizeram pré campanha nas salas de aula, sala dos professores e com os servidores administrativos de forma tão descarada? Será possível que vamos ver tudo isso diante dos nossos olhos e vamos ficar caladinhos e quietinhos como verdadeiros cordeiros?

De outra parte, quantos de nós estamos realmente dispostos a votar com base nas propostas de nossos colegas que serão candidatos e não com base na amizade ou em algum favor, vantagem ou arranjo previamente combinado? Quantos aqui escolherão seus futuros diretores levando em conta a coerência entre aquilo que falam e aquilo que praticam, tanto  enquanto candidatos, como antes das eleições, no dia a dia de trabalho? Quantos tomarão essa decisão observando a prática profissional de cada um e não apenas o sentimento de amizade que as vezes nos influencia a escolher alguém que não esteja realmente preparado ou que, uma vez na função, se mostre desprovido de caráter, ética e moral?

E para aqueles mais descrentes com a própria lógica no qual está inserida não apenas as eleições para diretores na RME, mas a própria essência do modelo de gestão escolar que a SME e a prefeitura de Goiânia subverte de acordo com suas conveniências, fica a questão: o que faremos, enquanto categoria, diante disso? Lutar pela implementação de um modelo de gestão que seja realmente democrático nas escolas e cmei's de Goiânia e que atenda aos anseios da comunidade escolar que a elege se constitui como uma tarefa possível? Diante disso, o SIMSED decidiu emitir este posicionamento acerca das eleições.

Companheiros, após duas greves consecutivas é possível avaliar o(a) profissional que se comprometeu com a luta da categoria e demonstrou uma visão ampla sobre a coletividade, democracia e a defesa dos oprimidos. Neste sentido, a discussão acerca das eleições nas instituições escolares deve considerar a estrutura a que ela está inserida. Sabemos que há diversas situações em que os diretores são pressionados a estabelecer vínculos diretos com a SME, amarrar-se a burocracia ou adotar o paternalismo como forma de gestão. Isto demonstra que somente as eleições não representam uma democratização das relações escolares. 

Diante disso é fundamental que o candidato a gestor tenha e estimule a consciência crítica do coletivo e da comunidade de maneira a promover uma política de participação. Nesta perspectiva o candidato deve eleger a luta em prol de direitos e de uma educação pública de qualidade social como um exercício pedagógico e a busca pela democracia como valor.




Durante e após o movimento paredista fica fácil perceber como alguns gestores se colocam como opressores dos demais funcionários, principalmente àqueles que participam de greves. Como é possível estabelecer o trabalho coletivo, a democracia e a participação em um espaço de opressão? Infelizmente muitos gestores reproduzem a mesma postura autoritária e o discurso contraditório da SME a fim de criminalizar, desmoralizar, e desarticular as os trabalhadores com o objetivo de estar no poder. 



É importante dizer que a gestão democrática do ensino público se estabelece nas escolas E nos sistemas de ensino. Pensar em democracia e participação em uma Rede de Educação que não estabelece o diálogo com os trabalhadores, não promove a participação na construção de objetivos e diretrizes, não estimula a participação da comunidade nas decisões, não respeita direitos e persegue trabalhadores parece utópico. Difícil esperar que a escola atue como uma "ilha de democracia" envolta em um sistema de ensino totalmente autoritário. 

É por isso que precisamos nos organizar e atuar no interior das instituições escolares e também ir além deste espaço. Um dos propósitos do SIMSED é estimular a consciência e participação  na luta por uma educação transformadora dentro de fora das instituições e  por isso apoiamos aqueles candidatos que propõem a defesa dos anseios da comunidade escolar e da categoria. Deste modo escolas e ruas serão espaços onde possamos estreitar a relação com o povo e travar a luta pela transformação da educação em Goiânia e no Brasil.

É nosso dever apoiar as candidaturas de diretores comprometidos com a luta!