Devido ao processo de reintegração de posse movido contra o SIMSED e Comando de luta/Comando de Greve, aconteceu ontem pela manhã (18/06) na secretaria de segurança pública uma reunião do comitê de gerenciamento de crise. O objetivo era discutir as possibilidades de desocupação da câmara, principalmente maneiras que a mesma aconteceria de maneira pacífica. Deixamos claro que esta só ocorreria pacificamente se através de deliberação em assembleia após alguma proposta (aceitável) de negociação do Paço. Diante disso, foi marcada uma reunião de negociação com presença da prefeitura, Ministério Público e da comissão de negociação do Comando de Greve para o período vespertino neste mesmo dia. Também foi marcada nova reunião deste comitê de gerenciamento de crise para sexta-feira pela manhã, as 9:00, também na secretaria de segurança pública.
REUNIÃO NO O MINISTÉRIO PÚBLICO DE NEGOCIAÇÃO, JÁ NO VESPERTINO
No início da reunião a prefeitura demonstrou seu total desinteresse em negociar e resolver o impasse da greve e da desocupação. Admitiram que nem leram as nossas reivindicações (já flexibilizadas e reduzidas para resolver a situação da greve) e não apresentaram nenhuma proposta ou disposição para o diálogo, causando nossa indignação e também do próprio Ministério Público que estava com intenção de estabelecer uma negociação. A proposta da prefeitura era não estabelecer qualquer negociação antes que encerrássemos a greve, que somente com o fim formariam uma comissão negociação para discutir as pautas. Dissemos que a categoria nunca aceitaria isso assembleia e esta postura demonstra sua falta de bom senso em estabelecer o diálogo e atender as propostas. Ressaltamos a possibilidade de algumas propostas serem cumpridas a médio e longo prazo, desde que a prefeitura apresente prazos, calendários e, como demonstração do real interesse e organização para cumprir o que vier a ser acordado desta vez, cumprissem também algumas coisas a curto prazo, o que contribuiria para o convencimento da categoria de que a prefeitura cumpriria nossas demandas. Na reunião a própria prefeitura admitiu que o prefeito irá cumprir os pontos do acordo firmado ano passado, então que sejam apresentados os prazos e planos para tanto. Lembramos que há outros pontos de pauta que não abrimos mão, principalmente em relação aos servidores administrativos e auxiliares de atividades educativas e os relacionados aos desdobramentos da greve, como processos, perseguições, reposição, corte de ponto, entre outros. Deixamos claro que está nas mãos da prefeitura a resolução do impasse, e também a responsabilidade diante de uma ação truculenta para a reintegração de posse. Ela garantiu que levará uma resposta as nossas reivindicações na reunião de sexta-feira, na secretaria de segurança pública. É esperar para ver...
