terça-feira, 13 de maio de 2014

PM e Mídia burguesa: opressão e falsificação da História.

A PM

1.   Como já foi divulgado na rede, estudantes do Colégio Dom Pedro I em Aparecida foram espancados covardemente pela PM em evento promovido pela escola. Em defesa da farda e tentando desqualificar as denúncias do professor Rafael Saddi sobre o massacre, um policial da PM escreveu: “Este professor de história da UFG, deve ter fumado muita maconha, juntamente com seus alunos, como sempre fazem para criar toda essa cena fantasiosa”.

2.    Na quinta feira, logo após mais um grande protesto da Frente de Lutas, um P2 (policial militar a paisana) espancou um estudante, que perdeu 3 dentes e está com outros 7 frouxos na boca.




A Mídia

1.    O jornalista Oloares Ferreira, referindo-se ao ônibus do eixo anhanguera que foi incendiado, disse que um dos autores "mascarados" era o filho de um delegado que morreu recentemente. Seria uma referência ao nosso companheiro Antônio Gonçalves? Vale dizer que no horário do protesto, o professor Antônio estava trabalhando em sua escola, conforme atestam estudantes e professores da unidade.

2.    No sábado, em um editorial, o jornal O Popular conclama: “O vandalismo incendiário precisa ser atacado com rigor, pois deforma manifestações legítimas e agride a ordem”. Atacado com rigor? O que seria isso? Colocar a gendarmaria para ameaçar e espancar estudantes? Que ordem seria essa? “Ordem para o povo, progresso para a burguesia?”.

Companheiros de luta, com a radicalização dos protestos, diga-se necessária, aumenta também a repressão do Estado e a ofensiva ideológica da mídia. Mas se pensam que o movimento vai parar, estão enganados. O vandalismo dos protestos, palavra da moda da imprensa marrom, é em sua essência ação política revolucionária, a materialização da revolta, da “justa ira” como dizia o professor Paulo Freire, de um povo que não suporta mais a exploração do Estado, da burguesia. E quando lançam mão de termos como vândalos e baderneiros para se referirem aos manifestantes, só atestam seu conservadorismo e ignorância para com a História.



“Sei que existe injustiça
Eu sei o que acontece
Tenho medo da polícia
Eu sei o que acontece

                Renato Russo